Jornalismo / Luto
Morre Luiz Santa Rosa, ícone do jornalismo social em Mato Grosso do Sul, aos 86 anos
Colunista estava internado na Cassems e não resistiu a complicações de pneumonia; trajetória marcou imprensa, política e sociedade sul-mato-grossense
11/12/2025
19:30
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O ex-jornalista e colunista social Luiz Gonzaga de Santa Rosa, um dos nomes mais influentes da comunicação e da vida social de Mato Grosso do Sul, morreu nesta quinta-feira (11), aos 86 anos, em Campo Grande. Ele estava internado no Hospital da Cassems, onde tratava problemas pulmonares, e faleceu em decorrência de complicações de pneumonia, conforme informou o filho, Luiz Alexandre Santa Rosa, que reside em Curitiba e se desloca para a Capital.
O velório será realizado nesta sexta-feira, às 8h, no Memorial Park, onde também ocorrerá o sepultamento, às 16h30.
Nascido em Propriá (SE), Santa Rosa chegou ao então estado de Mato Grosso unificado antes da divisão territorial de 1977, para trabalhar no Banco do Brasil. Foi afastado da instituição por razões políticas durante a ditadura militar, mas posteriormente reintegrado, vindo a se aposentar pelo próprio banco.
Paralelamente ao trabalho bancário, construiu uma sólida carreira na imprensa. Tornou-se rapidamente reconhecido por sua atuação no jornalismo social, com uma coluna no Correio do Estado, que o projetou como um dos principais nomes da sociedade campo-grandense.
Em 1976, assumiu a direção das Listas Telefônicas Paulista S.A., responsável pelos catálogos telefônicos em todo o antigo Mato Grosso, enquanto a Telemat administrava o sistema. Com a criação de Mato Grosso do Sul e a instalação da primeira legislatura estadual, em 1979, ingressou na Assembleia Legislativa, onde ocupou o cargo de diretor de Patrimônio.
Santa Rosa também dirigiu o Diosul (Diário Oficial do Estado) e consolidou trajetória na comunicação institucional. No governo Ramez Tebet, exerceu o cargo de coordenador de Comunicação, papel em que foi reconhecido pela habilidade política e pela forte articulação com lideranças estaduais.
Sua trajetória foi lembrada por inúmeros profissionais que trabalharam ao seu lado. O empresário e radialista Luiz Carlos Feitosa, que atuou como seu assessor e fotógrafo no início da carreira, aos 18 anos, destacou o papel pioneiro de Santa Rosa no colunismo social e sua capacidade de transitar entre imprensa, política e sociedade.
Nos últimos anos, enfrentava problemas de saúde, incluindo avanços do Mal de Parkinson e episódios de perda de memória, que reduziram seu ritmo de trabalho.
Santa Rosa deixa cinco filhos e um legado que atravessa a formação de Mato Grosso do Sul, marcando profundamente os primeiros anos das instituições estaduais e a construção da identidade social e política do Estado.
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