Política / Justiça
Moraes rejeita pedido de prisão domiciliar humanitária feito pela defesa de Bolsonaro
Ministro do STF considerou o requerimento prejudicado após a prisão preventiva decretada neste sábado
22/11/2025
10:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de prisão domiciliar humanitária apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O requerimento, protocolado na tarde de sexta-feira (21/11), foi considerado prejudicado devido à prisão preventiva decretada e cumprida pela Polícia Federal na manhã deste sábado (22/11).
Bolsonaro foi preso às 6h em Brasília após a PF informar ao STF que houve violação da tornozeleira eletrônica durante a madrugada e que havia risco de fuga — motivo que levou Moraes a converter a prisão domiciliar em preventiva.
A medida não tem relação direta com o cumprimento da condenação de 27 anos e 3 meses imposta no processo da trama golpista, que ainda aguarda fase recursal.
Os advogados do ex-presidente encaminharam ao STF uma série de laudos e documentos sugerindo que Bolsonaro deveria permanecer em casa durante o cumprimento da pena, alegando condições de saúde frágeis e necessidade de cuidados contínuos.
O pedido incluía também autorização para que 16 pessoas visitassem o ex-presidente, entre elas:
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
Júlia Zanatta (PL-SC)
Bia Kicis (PL-DF)
Carlos Portinho (PL-RJ)
O ex-desembargador Sebastião Coelho
O padre Kelmon
Todos os pedidos foram considerados prejudicados pela nova condição de Bolsonaro na PF.
Uma ala do Partido Liberal (PL) iniciou articulações para montar um acampamento em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde Bolsonaro está detido em Sala de Estado Maior.
A iniciativa ganhou força em grupos internos do partido e em redes sociais, com parlamentares e lideranças estimulando mobilização nacional de apoiadores.
A decisão de Moraes ocorreu após:
registro de violação da tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado;
vigília convocada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que poderia facilitar fuga e obstruir fiscalização;
avaliação da PF de que o ex-presidente apresentava alto risco de evasão.
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