Política / Justiça
Bolsonaro admite possibilidade de cumprir pena na Papuda, diz site
Ex-presidente confidenciou a aliados que considera inevitável o encarceramento; defesa tenta converter pena em prisão domiciliar
02/11/2025
06:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já admite a possibilidade de cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles, que aponta que o ex-chefe do Planalto confidenciou a pessoas próximas considerar esse o destino mais provável, embora ainda busque reverter a decisão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Bolsonaro pretende tentar converter a pena em prisão domiciliar, caso o STF determine sua ida a um presídio. O principal argumento da defesa será o estado de saúde do ex-presidente, que passou por três internações e procedimentos cirúrgicos desde que deixou o governo.
Aliados relatam que Bolsonaro tem enfrentado crises recorrentes de soluços e outros problemas clínicos que se intensificaram nos últimos meses. A defesa deve usar esses episódios para reforçar o pedido de cumprimento da pena em casa, sob cuidados médicos.
A condenação foi definida em 12 de setembro, quando o STF considerou Bolsonaro e aliados culpados por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente liderava um grupo que planejava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.
As investigações da Polícia Federal, acolhidas pela Primeira Turma do Supremo, apontam que o plano previa ações violentas e até a morte de autoridades, entre elas o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.
Na semana passada, a defesa de Bolsonaro apresentou embargos de declaração pedindo a revisão da pena. Os advogados alegam que o acórdão do STF deixou de analisar pontos essenciais e classificam a sentença como “injusta e equivocada”.
O recurso também cita o voto divergente do ministro Luiz Fux, o único contrário à condenação, como base para o pedido de revisão.
Enquanto aguarda o julgamento dos recursos, Bolsonaro e sua equipe discutem estratégias jurídicas para evitar o encarceramento em regime fechado. Segundo interlocutores, o ex-presidente tenta manter a rotina e a imagem pública, mas já admite estar em “contagem regressiva” para o início da pena.
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