Política / Eleições 2026
MDB dará liberdade para apoiar qualquer candidato à Presidência da República em 2026
Simone Tebet e Baleia Rossi confirmam que diretórios estaduais poderão definir seus apoios conforme autonomia local
25/10/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O MDB deverá adotar uma postura de neutralidade nacional e liberdade regional nas eleições presidenciais de 2026. A informação foi confirmada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e pelo presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi (SP), que anunciaram o consenso interno para liberar os diretórios e filiados a apoiarem o candidato de sua preferência.
“O MDB nunca obrigou ninguém a acompanhar A ou B. Nós vamos ter liberdade para apoiar qualquer candidato a presidente da República”, afirmou Simone Tebet, reforçando a tradição de independência política da legenda.
A ministra destacou que o partido seguirá as diretrizes federais, mas manterá a autonomia estadual, respeitando as realidades locais e alianças regionais. A decisão ocorre em um momento de reorganização interna da sigla, que busca reposicionar-se no cenário político nacional após o pleito de 2022.
Durante entrevista concedida ao Correio do Estado, Simone Tebet e o então secretário da Casa Civil de saída, Eduardo Rocha, falaram sobre o processo de transição política e administrativa em Mato Grosso do Sul. Rocha afirmou que sua saída foi planejada para evitar interferências eleitorais no governo estadual e destacou que qualquer definição sobre seu futuro partidário será tomada em conjunto com o governador Eduardo Riedel (PP).
“O governador vai decidir o meu destino. Ele vai saber se eu fico no MDB, se eu vou para o PP, para o PSD ou para o Republicanos”, afirmou Rocha, que pretende percorrer os 79 municípios do Estado para fortalecer vínculos com prefeitos, vereadores e lideranças locais.
Rocha também confirmou que Walter Carneiro assumirá a Casa Civil, garantindo continuidade administrativa.
“A transição está sendo tranquila, o Walter conhece o jogo, está comigo desde fevereiro e vai tocar do mesmo jeito”, completou.
Simone Tebet relembrou que o MDB já enfrentou situações semelhantes de independência política, citando exemplos de eleições passadas. Eduardo Rocha reforçou o argumento com uma lembrança histórica:
“Quando o Michel Temer foi candidato a vice da Dilma, o MDB daqui apoiou o Geraldo Alckmin”, recordou.
Essa postura reflete a maturidade e diversidade interna da legenda, que busca manter-se plural e autônoma nas decisões estratégicas, especialmente diante das movimentações partidárias que antecedem as eleições de 2026.
De acordo com Baleia Rossi, a proposta de liberação dos diretórios ainda será submetida à apreciação do Diretório Nacional, mas já existe um consenso entre as lideranças para garantir liberdade de escolha.
Com isso, o MDB pretende preservar sua identidade de partido centrista, moderado e federativo, mantendo espaço para alianças tanto com o campo governista quanto com a oposição — dependendo do contexto político de cada estado.
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