Campo Grande (MS), Terça-feira, 30 de Setembro de 2025

Política Nacional

Lula veta mudanças na Lei da Ficha Limpa e mantém prazo de inelegibilidade

Proposta aprovada pelo Congresso previa unificação em oito anos e aplicação retroativa das novas regras

29/09/2025

20:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou parcialmente o projeto aprovado pelo Congresso Nacional que alterava a Lei da Ficha Limpa, em vigor desde 2010. A proposta previa a unificação em oito anos do prazo de inelegibilidade para políticos condenados, independentemente da situação — decisão colegiada, renúncia para evitar cassação ou término de mandato — além de permitir a aplicação retroativa das novas regras a processos já transitados em julgado.

Caso fosse sancionada integralmente, a medida poderia beneficiar nomes como José Roberto Arruda (PL-DF), Anthony Garotinho (RJ) e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos-RJ).

Trechos vetados

Os vetos de Lula atingiram os pontos considerados mais polêmicos:

  • Dispositivos que alteravam o início da contagem da inelegibilidade por abuso de poder econômico ou político;

  • Artigos que permitiam a aplicação imediata e retroativa das mudanças.

Em nota, o Palácio do Planalto destacou que a decisão teve como base a necessidade de preservar a isonomia, a segurança jurídica e o respeito à coisa julgada, fundamentos já consolidados em julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Situação atual

Com a sanção parcial, o sistema da Lei da Ficha Limpa permanece inalterado. A contagem do prazo de inelegibilidade continua seguindo as regras atuais, sem efeitos retroativos para condenações já julgadas pela Justiça Eleitoral.

Papel do Congresso

Apesar do veto presidencial, o Congresso Nacional ainda poderá rever a decisão. Para derrubar os vetos, será necessária maioria simples em sessão conjunta, com pelo menos 257 votos na Câmara dos Deputados e 41 no Senado Federal.

Este foi o 126º veto parcial de Lula desde o início do mandato, e sua manutenção dependerá do nível de articulação política do governo junto à base parlamentar.

Para ler o texto no Diário Oficial, clique aqui.

 


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