Política / Partidos
Com saída de Azambuja e debandada tucana, Lia Nogueira e Caravina articulam chapa para manter PSDB vivo em MS
Partido tenta reorganizar bases e atrair parlamentares após perda de filiados e enfraquecimento nacional
09/09/2025
09:45
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
Após a saída do ex-governador Reinaldo Azambuja, que deve se filiar ao PL em 21 de setembro, o PSDB de Mato Grosso do Sul vive um momento de reestruturação. O comando estadual passou temporariamente ao deputado federal Geraldo Resende, atual vice-presidente da sigla, até as eleições internas previstas para outubro.
Em reunião realizada na última segunda-feira (8), tucanos discutiram estratégias para reerguer o partido, que sofreu forte esvaziamento em todo o país. O governador Eduardo Riedel, último chefe de Executivo estadual tucano, migrou para o PP em agosto, após Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE) trocarem o PSDB pelo PSD.
No Estado, a movimentação é liderada pelos deputados Pedro Caravina e Lia Nogueira, que buscam montar uma chapa competitiva para as eleições de 2026, especialmente para a Assembleia Legislativa.
Caravina adiantou que o plano é atrair parlamentares já com mandato para fortalecer a base tucana, citando os nomes de Paulo Duarte (PSB) e Pedro Pedrossian Neto (PSD).
“Eu estou tentando reerguer o PSDB. A Lia também. A ideia é organizar para termos chapas competitivas, principalmente na disputa estadual”, disse Caravina.
Já Lia Nogueira destacou que a direção nacional do PSDB tem interesse em montar chapas federais e estaduais em 2026. Ela e Caravina devem buscar a reeleição e trabalhar na atração de colegas da Casa.
“Poderia ficar eu e o Caravina buscando a reeleição, tentando trazer alguns outros colegas para formatar essa chapa”, afirmou.
O cenário é desafiador. Azambuja já teria convidado aliados a acompanhá-lo no PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os cotados para a migração estão os deputados estaduais Mara Caseiro e Zé Teixeira. Já Jamilson Name indicou ter 90% de chances de seguir para o PL.
Sem federação com Republicanos e MDB — plano que não avançou —, o PSDB deve apostar em comissões provisórias nos estados para manter presença política até 2026. O desafio é conter a debandada, atrair novos quadros e recuperar relevância eleitoral em um dos últimos redutos da sigla no Brasil.
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