Campo Grande (MS), Terça-feira, 02 de Setembro de 2025
Política / Assembleia Legislativa
Catan critica filiação de Reinaldo Azambuja ao PL em 12 de setembro: “Enterrar Bolsonaro e a candidatura da direita em MS”
Deputado estadual vê escolha da data como provocação no mesmo dia do julgamento do ex-presidente no STF
02/09/2025
12:00
DA REDAÇÃO
©ARQUIVO
O deputado estadual João Henrique Catan (PL) criticou duramente a escolha do dia 12 de setembro para o evento de filiação do ex-governador Reinaldo Azambuja (ex-PSDB) ao Partido Liberal (PL). A data coincide com o último dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), e, segundo Catan, transmite um recado negativo para a base bolsonarista em Mato Grosso do Sul.
“Quem marcou isso demonstra uma total falta de identidade e sintonia com o partido. Esse evento, neste dia específico, simboliza o enterro de duas candidaturas: a do presidente Bolsonaro, com o julgamento no STF, e a da direita ao Governo do Estado com essa amarração que está sendo feita”, afirmou.
A filiação de Reinaldo Azambuja foi confirmada com festa em Campo Grande. O ex-governador será pré-candidato ao Senado Federal em 2026 e assumirá a presidência estadual do PL.
Catan, que sempre se posicionou contra a gestão de Reinaldo, criticou não apenas a escolha da data, mas também a movimentação da legenda:
“Eu entendo que quem está sendo filiado queira ser visto com festividade, é natural. Mas isso demonstra falta de liga, de identidade, de sintonia com o partido.”
O parlamentar acredita que a decisão faz parte de uma estratégia maior:
STF: segundo ele, a Corte visa “enterrar a candidatura de Bolsonaro” no dia do julgamento.
PL em MS: a filiação de Reinaldo seria um movimento para impedir que a direita tenha candidato próprio ao Governo do Estado em 2026.
Catan também destacou que outros líderes, prefeitos e deputados do interior que se filiarem na mesma data estarão “em sintonia com o projeto de não deixar a direita ter candidato aqui”.
O deputado ainda deixou aberta a possibilidade de mudança de agenda:
“Alguma cabeça pensante vai cancelar esse evento. Acredito que quem solicitou a agenda não imaginou que coincidiria com esse dia”, afirmou.
O PL, em Mato Grosso do Sul, deve apoiar a reeleição do governador Eduardo Riedel (PP) em 2026, o que também gera resistência em parte da base ligada ao bolsonarismo mais radical.
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