Política / Justiça
Trama golpista: PGR entrega nesta segunda-feira as alegações finais ao STF em ação penal contra Bolsonaro e sete aliados
Documento marca última etapa antes do julgamento dos acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022
13/07/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar até esta segunda-feira (14) as alegações finais no processo que investiga o chamado "núcleo crucial" da organização criminosa acusada de tentar derrubar o Estado Democrático de Direito em 2022. A ação penal envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete altos ex-integrantes de seu governo, como ministros das Forças Armadas, da Justiça e da inteligência.
As alegações finais representam a última fase antes do julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), colegiado responsável por analisar a ação ainda no segundo semestre deste ano.
Além de Jair Bolsonaro, também respondem na ação:
Alexandre Ramagem – ex-diretor da Abin
Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência
Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil (preso preventivamente)
Os oito réus são acusados de:
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Tentativa de golpe de Estado
Participação em organização criminosa armada
Dano qualificado
Deterioração de patrimônio tombado
As alegações finais são os memoriais escritos nos quais as partes (acusação e defesa) resumem suas posições com base nas provas reunidas. A PGR, comandada por Paulo Gonet, apresenta sua versão dos fatos e o pedido de condenação ou absolvição, com base na instrução processual concluída entre abril e junho.
Depois da manifestação do Ministério Público, os prazos seguem de forma sucessiva:
Mauro Cid – terá 15 dias para apresentar sua defesa, por ter acordo de delação premiada.
Demais réus – terão 15 dias conjuntos para suas manifestações.
Como há réu preso (Braga Netto), os prazos correm normalmente durante o recesso do Judiciário (2 a 31 de julho).
Fevereiro de 2025: denúncia formal da PGR é apresentada.
Março: Primeira Turma do STF aceita a denúncia e abre ação penal.
Abril a junho: fase de instrução, com coleta de provas, depoimentos e acareações.
Julho: início das alegações finais.
Após o fim dos prazos para defesa e acusação, a ação estará pronta para julgamento na Primeira Turma do STF, em data ainda a ser marcada. O julgamento será colegiado e individual, ou seja, cada réu será analisado separadamente.
O resultado pode ser:
Absolvição: por falta de provas ou inexistência de crime.
Condenação: com definição da pena individual e possibilidade de recursos ao próprio STF.
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