Campo Grande (MS), Quinta-feira, 10 de Julho de 2025

Política / Câmara Municipal

Papy é reeleito presidente da Câmara de Campo Grande para 2027-2028 com apoio unânime e recado político à prefeita Adriane Lopes

Vereadores destacam independência do Legislativo e criticam ausência do PP na nova mesa diretora

10/07/2025

21:05

DA REDAÇÃO

A Câmara Municipal de Campo Grande realizou nesta quinta-feira (10) a eleição antecipada da nova Mesa Diretora para o biênio 2027-2028, reconduzindo Epaminondas Vicente Silva Neto, o Papy (PSDB), à presidência da Casa com voto favorável de todos os 29 vereadores. A unanimidade consolida a liderança do atual presidente e marca um movimento de coesão interna entre as bancadas, mesmo em meio a um cenário pré-eleitoral municipal marcado por disputas e rupturas.

A eleição foi conduzida de forma regimental, conforme prevê a Lei Orgânica do Município, permitindo a antecipação da escolha da nova mesa. Com isso, Papy garantiu sua permanência no comando do Legislativo municipal até o fim de 2028.

Composição da nova Mesa Diretora (2027-2028)

  • Presidente: Papy (PSDB)

  • 1º Vice-presidente: Dr. Lívio (União Brasil)

  • 2ª Vice-presidente: Ana Portela (PL)

  • 3º Vice-presidente: Neto Santos (Republicanos)

  • 1º Secretário: Carlão (PSB)

  • 2ª Secretária: Luiza Ribeiro (PT)

  • 3º Secretário: Ronilson Guerreiro (Podemos)

O atual 1º vice-presidente, André Salineiro (PL), deixará o cargo para assumir a liderança da bancada liberal na Casa.

💬 Recados políticos: críticas ao PP e distanciamento da prefeita Adriane Lopes

Apesar da unanimidade na votação, a sessão foi marcada por críticas de parlamentares do PP, partido com maior bancada na Câmara, que ficaram de fora da nova composição. O vereador Delei Pinheiro lamentou publicamente a exclusão da sigla:

"Repudio o fato de o PP não estar representado. Culpo diretamente a presidente do partido e a prefeita Adriane Lopes, que se afastou do Legislativo e abandonou sua própria base".

Maicon Nogueira, também do PP, reforçou a crítica:

"Faltou interesse político do partido em construir espaço na mesa", embora tenha apoiado a recondução de Papy.

O tom mais incisivo veio do Professor Riverton (PP), que declarou:

"Prefeita Adriane está distante do Legislativo. Conte com a senadora Tereza Cristina, que tem compromisso com Campo Grande, com Mato Grosso do Sul e com o Brasil".

Autonomia e estabilidade institucional

Parlamentares de diferentes partidos usaram seus votos para reforçar a autonomia da Câmara Municipal frente ao Executivo. O tucano Flávio Cabo Almi defendeu a continuidade de Papy com base na tradição e equilíbrio político:

"É justo que Papy continue à frente desta Casa. É uma tradição da Câmara e reafirma nossa autonomia".

Jean Ferreira (PT) destacou a postura independente do Legislativo:

"No nome de Papy está a garantia de que essa Casa não será um puxadinho do Executivo".

Landmark (PT) também endossou o apoio ao atual presidente:

"Estamos fechados com Papy, que tem dado protagonismo aos vereadores desta Casa".

Leitura política e perspectiva para 2026

Nos bastidores, a recondução de Papy é vista como resultado de uma articulação transversal entre diferentes forças políticas, que visa garantir estabilidade interna e coesão diante das movimentações para as eleições municipais de 2026. A nova Mesa Diretora reflete uma composição plural e um reposicionamento da Câmara como instituição autônoma no cenário político da capital.


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Jornal do Estado MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: