Política e Diplomacia
Simone Tebet reage ao tarifaço de Trump e defende união nacional na defesa da soberania brasileira
Ministra do Planejamento usa redes sociais para criticar interferência estrangeira e pede resposta unificada do Brasil: “Isto, sim, é ser patriota”
10/07/2025
12:15
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira (10) para expressar indignação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA, e com o tom de interferência política usado na carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em uma postagem firme e carregada de simbolismo, publicada na plataforma X (antigo Twitter), Tebet criticou duramente a tentativa de intromissão nos assuntos internos do Brasil e convocou uma resposta unificada em defesa da soberania nacional, independentemente de ideologia ou filiação política.
“Não se recorre a outros quintais, outros países, para atacar a nossa soberania nacional.”
“Rui Barbosa dizia que ‘a pátria é a família amplificada’. Nessa família, a Pátria é a mãe, a mãe de todos nós. O nosso país, o nosso território, a nossa casa, a nossa gente. Aqui, nosso povo vive, trabalha, produz. Não se xinga a mãe, não se recorre a outros quintais, outros países, para atacar a nossa soberania nacional. Ninguém pode, em benefício próprio, abrir os portões da nossa casa coletiva, para que ela seja atacada. É hora de diplomacia, de senso e de consenso, sim, na defesa do Brasil, mas é hora de fazermos isso juntos, unidos, como uma única família, deixando de lado as diferenças políticas e de ideologia, na defesa, intransigente, do nosso país. Isto, sim, é que é ser PATRIOTA. Dar luz e vida soberana ao Brasil, a favor dos brasileiros.”
A manifestação de Tebet ocorre após a repercussão da carta enviada por Donald Trump ao governo brasileiro, em que o presidente americano justifica a taxação com base em críticas ao STF, à suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à atuação do Brasil no BRICS.
Setores ligados ao bolsonarismo reagiram defendendo a medida ou responsabilizando Alexandre de Moraes e o governo Lula pela retaliação. A deputada federal Eduardo Bolsonaro, inclusive, assumiu articulações junto ao governo Trump e classificou a sanção como "tarifa-Moraes".
Ao afirmar que “isto, sim, é que é ser patriota”, Tebet faz um apelo direto ao sentimento nacional e à necessidade de colocar o Brasil acima das disputas políticas internas, em defesa da soberania e do interesse coletivo.
A fala da ministra também sugere repúdio à instrumentalização política de interesses estrangeiros, reforçando que nenhuma corrente política deveria buscar alianças externas para atacar instituições nacionais.
A ministra junta-se a vozes como a do presidente Lula, do ministro Fernando Haddad, da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Amcham Brasil, que vêm repudiando a tarifa de 50% como uma ação unilateral, injustificada e prejudicial à economia brasileira.
O governo estuda reagir com base na Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso Nacional, e tem buscado alternativas diplomáticas para reverter o impacto da medida nas exportações brasileiras, especialmente no agronegócio e na indústria de transformação.
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