O deputado estadual Lidio Lopes (Patriota) defendeu na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul a implementação de um novo conceito de moradia popular em Campo Grande, baseado em um modelo de parceria público-privada utilizado com sucesso em Marília (SP). A proposta prevê financiamento pela Caixa Econômica Federal, execução por construtoras privadas e prestações mensais de cerca de R$ 600, subsidiadas pelos governos federal e estadual.

O anúncio foi feito após visita do parlamentar ao município paulista na última sexta-feira (28), quando acompanhou, ao lado da prefeita Adriane Lopes (PP) e do presidente da Câmara Municipal vereador Papy (Solidariedade), a entrega de 806 casas do Residencial Vida Nova Paraíso.

“Traz muita qualidade na moradia popular. Tamanho popular, mas com área suficiente para ampliação da família”, disse o deputado.

Modelo de sucesso em Marília pode servir de base para MS

O programa habitacional paulista, implementado durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), já contabiliza resultados expressivos: enquanto o governo anterior entregava 30 mil moradias por mandato, a atual gestão projeta 210 mil unidades até 2026. Em Marília, a Pacaembu Construtora já entregou 20 mil casas e atua em outros cinco estados, inclusive com 16 mil moradias em desenvolvimento em Mato Grosso.

Características das moradias:

• Laje e telhado de cimento

• Esquadrias de alumínio

• Pisos vitrificados

• Banheiro completo

• Lotes com espaço para ampliação

• Áreas de lazer e infraestrutura completa

Proposta inicial prevê 5 mil moradias em Campo Grande

Lidio Lopes afirmou que a expectativa é iniciar o projeto com 5 mil casas populares na capital sul-mato-grossense, em parceria com o Executivo municipal e o Legislativo. A proposta está em análise e depende de ajustes legais no Plano Diretor de Campo Grande, que definirá as zonas urbanas destinadas aos novos empreendimentos.

“Com isso a gente consegue avançar neste quesito. Precisamos correr atrás do que dá certo no Brasil e trazer para Mato Grosso do Sul”, pontuou o parlamentar.

Geração de empregos e impacto social

Segundo a construtora envolvida, cada empreendimento gera cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos, o que contribui para a economia local e a geração de renda. O deputado reforçou que o programa também poderá ser expandido para outras cidades do estado, conforme interesse e viabilidade dos municípios.

“Temos um déficit muito grande de novas moradias populares, tanto em Campo Grande quanto em outros municípios. Este modelo pode ajudar a mudar essa realidade”, afirmou Lidio Lopes.

Resumo dos próximos passos:

• Ajustes no Plano Diretor de Campo Grande

• Definição de zonas habitacionais

• Elaboração de parcerias com o setor privado

• Estruturação do projeto-piloto para as 5 mil moradias

• Possibilidade de expansão para o interior do estado