Política / Justiça
Justiça mantém prisão de ex-gerente de tributos acusado de liderar esquema de falsificação em Coxim
Decisão cita organização criminosa articulada e gravidade dos crimes como motivos para manter detenção de Rodrigo Ferreira Lima
27/06/2025
17:15
DA REDAÇÃO
Rodrigo Ferreira Lima é considerado chefe da organização criminosa pelo MPMS. (Foto: Arquivo/Edição MS)
A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve a prisão preventiva de Rodrigo Ferreira Lima, ex-gerente de Tributos e Receitas da Prefeitura de Coxim, acusado de liderar um esquema de falsificação de documentos ligado à regularização fundiária no município. A decisão de segunda instância, publicada no Diário Oficial da Justiça, aponta que mesmo com bons antecedentes, não há motivos para soltura diante da gravidade dos crimes investigados.
“Condições pessoais favoráveis, por si sós, não garantem direito de responder ao processo em liberdade quando presentes os requisitos que autorizam a segregação cautelar”, cita o despacho judicial.
A medida, segundo a Justiça, visa garantir a ordem pública, considerando os elementos reunidos até o momento que indicam, ainda que de forma preliminar, a existência de uma organização criminosa complexa e articulada. A quadrilha seria responsável por falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas públicos, lavagem de dinheiro e corrupção, entre outros delitos.
Além de Rodrigo Ferreira Lima, seguem presos preventivamente:
Márcio Rodrigues, policial civil cedido à Procuradoria de Coxim;
Thiago Cruz Cassiano Silva, arquiteto e ex-gerente de habitação;
Ivaldir Adão Albrecht Júnior, empresário da região.
Também figuram como réus no processo:
Heverton Furtado Simões, ex-tabelião substituto do Cartório de Registro de Imóveis de Coxim;
Ernandes José Bezerra Júnior, advogado;
Rodrigo de Amorim Melo, sucessor de Rodrigo Lima na gerência de tributação municipal.
O grupo é investigado no âmbito da Operação Grilagem de Papel, deflagrada para desarticular uma rede que, segundo o Ministério Público, falsificava documentos da Reurb (Regularização Fundiária Urbana) com o objetivo de obter lucros indevidos a partir da legalização fraudulenta de imóveis.
As acusações incluem:
Constituição de organização criminosa
Falsidade ideológica
Inserção de dados falsos em sistema de informação pública
Lavagem de capitais
Corrupção passiva
Obstrução de investigação
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