Campo Grande (MS), Sexta-feira, 20 de Junho de 2025

Política / Agronegócio

Rodolfo Nogueira quer barrar decreto de Lula que destina R$ 700 milhões ao MST: “Tapa na cara do produtor rural”

Deputado apresentou PDL para sustar decreto que libera imóveis da União para assentamentos; parlamentar critica avanço do programa Terra da Gente e acena ao setor produtivo

19/06/2025

17:00

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, protocolou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para suspender os efeitos do decreto do governo Lula, que prevê a destinação de R$ 700 milhões em imóveis da União para assentamentos vinculados ao Programa Terra da Gente.

Segundo o parlamentar, a medida representa um aceno direto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e uma "afronta ao setor produtivo nacional".

“Mais uma vez, o governo deixa claro que vê o agro como seu inimigo número um. Destinar R$ 700 milhões ao MST é um tapa na cara do produtor rural. Esse dinheiro deveria reforçar o Plano Safra, não financiar invasões às vésperas do Abril Vermelho”, disparou Nogueira.

Conhecido como o “terror do MST” no Congresso

Rodolfo Nogueira ganhou projeção nacional ao ser um dos parlamentares mais combativos na CPI do MST, em 2023, onde denunciou invasões, uso político de assentamentos e indícios de desvios de recursos públicos. Agora, lidera novamente a resistência a medidas que, segundo ele, “colocam em risco o direito de propriedade no Brasil”.

O que diz o decreto de Lula

O decreto foi publicado dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitar um assentamento do MST em Minas Gerais. A norma autoriza que imóveis da União recebidos em ações judiciais ou administrativas sejam destinados a novos assentamentos rurais, com previsão de investimentos de até R$ 700 milhões já em 2025.

De acordo com o governo, o decreto faz parte da política de reforma agrária e busca regularizar famílias sem acesso à terra, fomentar a produção agrícola e combater a fome.

Reação no Congresso

Para Nogueira, o Programa Terra da Gente tem sido utilizado como “plataforma para institucionalizar a agenda do MST dentro do Estado, com respaldo direto do Planalto”.

O PDL segue agora para análise nas comissões da Câmara dos Deputados. Se for aprovado no plenário da Câmara e também no Senado, o decreto pode ser oficialmente sustado, barrando seus efeitos legais.

“O Congresso precisa reagir. O governo não pode usar recursos públicos para premiar movimentos que desrespeitam a lei e colocam em risco a propriedade privada no Brasil”, defendeu o parlamentar.

Próximos passos:

  • Tramitação nas comissões da Câmara

  • Votação em plenário na Câmara e, se aprovado, no Senado

  • Se for aprovado nas duas casas, o decreto perde validade legal


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