Política / Justiça
Deputado Lidio Lopes defende decisão do TRE e critica judicialização eleitoral em Campo Grande
Parlamentar elogia manutenção dos mandatos de Adriane Lopes e Camila Nascimento e propõe punições para eleitores que vendem votos
28/05/2025
10:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O deputado estadual Lidio Lopes (Patriota) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (28) para defender a decisão do TRE-MS que manteve, por 5 votos a 2, os mandatos da prefeita Adriane Lopes (PP) e da vice-prefeita Camila Jara Nascimento (PSDB). Durante discurso de dez minutos, o parlamentar criticou o excesso de judicialização das eleições em Campo Grande e questionou a ausência de punições para eleitores que vendem seus votos.
“Quero parabenizar o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul pela decisão de fazer justiça eleitoral”, declarou Lidio.
Lopes destacou que aceita resultados nas urnas sem recorrer à Justiça, ao contrário do que classificou como uma “prática recorrente” na capital. Ele criticou diretamente ex-aliados políticos que, em sua visão, adotaram um discurso contraditório.
“O ex-prefeito que reclamava da judicialização é hoje o principal articulador das ações contra a atual gestão. Parece que quando perdem, não conseguem aceitar o resultado”, pontuou.
O parlamentar ainda sugeriu que o fato de Adriane Lopes ser mulher contribuiu para os ataques sofridos, mencionando um possível componente machista nas contestações:
“Campo Grande ainda é uma cidade muito machista. Por ser a primeira mulher eleita prefeita, isso incomoda”, afirmou.
Segundo Lidio Lopes, dos 15 pontos inicialmente levantados na ação contra Adriane e Camila, apenas dois foram analisados pelo TRE: abuso de poder econômico e religioso. O deputado destacou que o próprio Ministério Público Federal descartou a tese de abuso religioso, reconhecendo vínculos antigos da prefeita com a comunidade evangélica.
Ele também questionou a credibilidade das testemunhas, especialmente no caso envolvendo “Tião da Horta”, que teria sido procurado para apoiar uma candidata adversária. Lidio considerou “estranhas” as alegações e apontou ausência de provas concretas, como vídeos ou registros que comprovassem a compra de votos.
Aproveitando o debate, o deputado defendeu a responsabilização dos eleitores envolvidos na prática de venda de votos, propondo mudanças legislativas que punam também o eleitor corruptor, e não apenas o político acusado de compra.
“Se o candidato pode perder o mandato, por que o eleitor que vende o voto não é punido? Isso também é corrupção”, argumentou.
Lidio Lopes encerrou sua fala pedindo respeito à gestão municipal e reforçando a legitimidade do governo Adriane-Camila:
“Aceitem que dói menos. Deixem as mulheres trabalhar. Campo Grande precisa de paz para seguir avançando”.
Com a decisão do TRE-MS, fica afastado o risco de cassação, e a atual gestão permanece no cargo até 2028, sem pendências judiciais que ameacem sua continuidade.
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