Policial / Justiça
Suspeito de matar mãe e filha é preso ao tentar registrar desaparecimento em Campo Grande
Homem confessou o crime e teria agido por causa de pensão alimentícia; vítimas foram encontradas carbonizadas
27/05/2025
10:00
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
Foi preso na manhã desta terça-feira (27), em Campo Grande, o principal suspeito de assassinar e carbonizar uma mulher e sua filha de aproximadamente 2 anos, cujos corpos foram encontrados na noite anterior em uma área de mata no bairro Indubrasil. O homem foi capturado em flagrante ao tentar registrar o desaparecimento das vítimas na 6ª Delegacia de Polícia Civil, no Jardim Tijuca.
Segundo a Polícia Civil, o homem — cuja identidade ainda não foi oficialmente divulgada — compareceu à delegacia alegando que a companheira e a filha haviam desaparecido. No entanto, investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já apuravam o caso e efetuaram a prisão. De acordo com informações preliminares, o suspeito confessou o crime e alegou que a motivação seria o pagamento de pensão alimentícia.
Na noite de segunda-feira (26), por volta das 23h, equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram acionadas após uma denúncia de incêndio em uma área de vegetação na Rua Desembargador Ernesto Borges, no Núcleo Industrial Indubrasil. No local, os agentes encontraram os corpos carbonizados da mulher e da criança.
O delegado Mateus Crovador, responsável pela investigação, explicou que o local era uma rua sem saída e isolada, usada possivelmente apenas para ocultar os cadáveres. “Temos fortes indícios de que as vítimas foram mortas em outro local. O fogo foi provocado propositalmente para destruir os corpos”, afirmou.
A perícia também confirmou que óleo diesel foi usado para acelerar as chamas, o que reforça a suspeita de ocultação qualificada de cadáver. Testemunhas relataram ter visto uma caminhonete preta deixando o local rapidamente, informação que já foi confirmada por imagens de câmeras de segurança da região.
Devido ao estado avançado de carbonização, a identificação oficial das vítimas ainda não foi concluída. Um papiloscopista da Polícia Científica realiza a hidratação dos corpos para tentar identificar digitais. Caso não seja possível, será feita coleta de material genético, como exame da arcada dentária.
Segundo o delegado, a mulher apresentava sinais de violência anterior à queima, como pescoço quebrado, o que indica que foi assassinada antes de ter o corpo incendiado. A criança, que estava de fralda, foi encontrada ao lado da mãe em meio às chamas.
A DHPP, com apoio do Grupo de Operações e Investigações (GOI), segue com diligências para apurar todos os detalhes do crime e confirmar a identidade das vítimas. Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas e já colaboraram para a identificação do veículo envolvido no transporte dos corpos.
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