Campo Grande (MS), Terça-feira, 15 de Abril de 2025

Política / Câmara Municipal

CPI do Transporte entra na reta final da primeira fase com foco em contratos e denúncias da população

Comissão apura irregularidades no transporte coletivo de Campo Grande e registra mais de 280 reclamações; oitivas devem começar nas próximas semanas

13/04/2025

07:45

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte, em andamento na Câmara Municipal de Campo Grande, está prestes a concluir sua primeira fase de apurações. A etapa inicial, com previsão de encerramento até o dia 17 de abril, é marcada pela coleta de documentos, análise de contratos e sistematização das principais queixas da população sobre o transporte coletivo.

Principais pontos da investigação

Os vereadores concentraram os trabalhos na análise detalhada de:

  • Contrato de concessão e aditivos contratuais

  • Custos operacionais e balanços financeiros dos últimos cinco anos

  • Repasse de subsídios municipais, estaduais e federais

  • Apólices de seguro de vida oferecidas aos usuários do transporte

Para dar robustez à investigação, a CPI também solicitou auditorias independentes ao Tribunal de Contas do Estado, à Procuradoria do Município e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS).

Dados e denúncias recebidas

A ouvidoria da CPI já registrou 285 denúncias, com destaque para as seguintes reclamações:

  • Sucateamento da frota

  • Atrasos nos ônibus

  • Precariedade no serviço

Canais de recebimento:

  • WhatsApp: 229 mensagens

  • Formulários online: 32

  • E-mails: 21

  • Ligações telefônicas: 2

  • Denúncia presencial: 1

As denúncias estão sendo analisadas pela equipe técnica, composta por profissionais jurídicos, contábeis e administrativos.

Declarações e próximos passos

O vereador Maicon Nogueira (PP), integrante da CPI, afirmou que o momento atual é decisivo:

“Estamos numa fase muito importante, que é a de recolher documentos. Já recebemos dados de empresas do consórcio e de entes públicos. Agora iniciamos as primeiras análises.”

Ele também ressaltou o papel da sociedade na instalação da CPI:

“Quando a população paga caro por um serviço que não funciona, tem que protestar. A CPI é resultado dessa voz coletiva.”

A próxima fase, prevista para iniciar em até três semanas, será marcada pelas oitivas com representantes das empresas concessionárias, com o objetivo de esclarecer:

  • A destinação dos recursos públicos

  • O funcionamento efetivo do sistema

  • Os relatos e denúncias recebidas pela comissão

As manifestações populares recentes na Câmara também foram mencionadas por Maicon:

“A população está certa. O protesto é legítimo e necessário. Se o Executivo e a empresa não resolveram, nós precisamos agir.”


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