Campo Grande (MS), Segunda-feira, 07 de Abril de 2025

Política / Manifestação

Nikolas chama Alexandre de Moraes de covarde e compara Barroso a bandido em ato por anistia na Paulista

Deputado do PL ataca ministros do STF, exalta Bolsonaro e reforça narrativa de perseguição política

07/04/2025

08:15

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez duras críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante ato em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro, realizado neste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo. Em sua fala, chamou Alexandre de Moraes de “covarde” e comparou Luís Roberto Barroso a um “bandido”.

“Ditadores de toga, principalmente como Alexandre de Moraes, se utilizou do dia 8 para nos amedrontar. Se lascou, olha a gente aqui. Essa é a resposta para você, seu covarde”, declarou o parlamentar no palanque.

🗣️ Críticas diretas ao STF e apoio a Bolsonaro

Nikolas também voltou a questionar o resultado das eleições de 2022 e reafirmou apoio irrestrito a Jair Bolsonaro (PL) como pré-candidato à Presidência em 2026. Em tom provocativo, fez referência à famosa frase dita por Barroso em 2022, após ser hostilizado por bolsonaristas nos Estados Unidos:

“Para o debochado do ministro Barroso que falou ‘perdeu, mané’, primeiro, isso é fala de bandido quando vai roubar alguém. O que você quer dizer com isso, Barroso? Que nas eleições nós fomos assaltados?”

💄 Michelle Bolsonaro usa “batom da Débora” como símbolo

No mesmo ato, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também discursou e homenageou Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira que ficou presa por dois anos por participar da invasão ao STF. Ela ficou conhecida por pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça.

Michelle mostrou seu batom como símbolo da resistência feminina, pedindo que os manifestantes levantassem o objeto:

“O batom que representa a Débora. A nossa Débora. Uma mulher comum, cabeleireira, se torna símbolo da luta pela justiça no nosso país.”

⚖️ Caso Débora e contexto da anistia

Débora foi condenada a 14 anos de prisão pelo STF por participação direta nos ataques, mas teve a pena convertida para prisão domiciliar no final de março, por decisão do ministro Moraes. Sua história virou símbolo da narrativa bolsonarista que pede anistia para os envolvidos nos atos do 8 de janeiro.

A mobilização é parte da pressão da base aliada de Bolsonaro sobre o Congresso para votar o projeto de lei que concede anistia aos condenados e investigados.

🏛️ Prefeito de São Paulo também defende anistia

O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB-SP), também participou do ato e declarou apoio à causa:

“Eu sou do MDB. Como prefeito da maior cidade da América Latina, vou lutar com os deputados do meu partido para assinarem e apoiarem a anistia.”

Nunes afirmou estar “feliz” em receber a manifestação e disse que a mobilização representa “um ato de humanidade após atos de desumanidade”.

📌 Contexto político

O ato na Paulista reuniu lideranças bolsonaristas, religiosos, parlamentares e apoiadores de direita que veem nas condenações uma forma de perseguição política promovida pelo STF. A pauta da anistia tem ganhado força entre parlamentares do PL, Republicanos e setores do MDB, em meio à tentativa de reorganizar a base eleitoral de Bolsonaro para 2026.


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