POLÍTICA
Dezembro vermelho conscientiza na luta contra Aids e HIV
Mobilização nacional reforça prevenção e conscientização no Mato Grosso do Sul
06/12/2024
16:55
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O mês de dezembro é tradicionalmente marcado pela mobilização nacional na luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), a Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). No Mato Grosso do Sul, o Dezembro Vermelho foi oficialmente incluído no Calendário Oficial de Eventos do Estado por meio da Lei 5.684/2021, promovendo ações de luta, conscientização e prevenção contra o HIV e a Aids.
Para o autor da legislação e 2º vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Zé Teixeira (PSDB), é fundamental alertar a população, especialmente os jovens, sobre os riscos associados ao HIV e outras IST. "Infelizmente, eu acho que a mobilização da sociedade na luta contra o vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis vem reduzindo. O surgimento de novas terapias diminui a atenção, principalmente dos jovens, para os riscos da infecção", apontou Zé Teixeira.
O Boletim Epidemiológico de 2023, do Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), revelou que o país tem registrado uma média anual de 35,9 mil novos casos de Aids nos últimos cinco anos. Apesar da queda no coeficiente de mortalidade por Aids na última década, que passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes, o Mato Grosso do Sul ocupou o sétimo lugar com 5,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2022.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), a mortalidade por Aids no estado caiu de 181 óbitos em 2022 para 178 em 2023, com dados parciais indicando 157 mortes até o momento deste ano. "As mortes por Aids caíram nos últimos dez anos, mesmo assim, mais de 30 pessoas morrem por dia no País. É preciso continuar alertando e conscientizando para a prevenção. Tem que usar a camisinha porque ela evita a contaminação por diversas doenças e também previne a gravidez indesejada. O jovem precisa refletir sobre isso", reforça Zé Teixeira.
Atualmente, segundo a SES-MS, são 10.936 pessoas vivendo com HIV e que recebem tratamento disponibilizado pelo órgão no estado. Em 2022, 310 novos casos de Aids foram registrados, aumentando para 365 em 2023 e 321 em 2024 até o momento. Conhecer o diagnóstico positivo para o HIV o quanto antes aumenta significativamente a expectativa de vida de uma pessoa infectada. No Brasil, existem exames laboratoriais e testes rápidos que detectam os anticorpos contra o HIV, disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Conforme dados do Ministério da Saúde, o Brasil alcançou mais uma meta de eliminação da Aids como problema de saúde pública. Em 2023, o país diagnosticou 96% das pessoas estimadas de serem infectadas por HIV e que não sabiam da condição sorológica, superando a meta global definida pela Organização das Nações Unidas (ONU). As metas globais incluem:
O Brasil atualmente atinge 96%, 82% e 95% dessas metas, respectivamente, com destaque para o cumprimento da meta de carga viral controlada.
É crucial entender que HIV e Aids não são a mesma coisa. Conforme o Ministério da Saúde, o HIV é o vírus causador da Aids, uma doença resultante da infecção pelo HIV. O vírus ataca o sistema imunológico, especificamente os linfócitos T CD4+, alterando seu DNA e fazendo cópias de si mesmo, o que compromete a defesa do organismo contra outras doenças.
O diagnóstico da infecção pelo HIV é realizado através da coleta de sangue venoso ou digital (da ponta do dedo) para testes rápidos ou laboratoriais que detectam os anticorpos contra o HIV. Estes testes são realizados gratuitamente pelo SUS nas unidades de saúde e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Autotestes de HIV também são oferecidos gratuitamente pelo SUS, permitindo que as pessoas se testem de forma conveniente.
"O diagnóstico é simples e rápido, pode ser feito nas unidades de saúde e o resultado fica pronto em trinta minutos", esclarece deputado Zé Teixeira.
De forma inédita, o Governo Federal lançou a nova campanha de conscientização com o tema “HIV. É sobre viver, conviver e respeitar. Teste e trate. Previna-se”, enfatizando que "i é igual a zero", ou seja, quando o HIV está indetectável, há zero risco de transmissão. Pessoas com HIV que estão em tratamento vivem mais e melhor, e não transmitem o vírus em relações sexuais.
O Dezembro Vermelho representa um período crucial para a conscientização e prevenção contra o HIV e a Aids no Mato Grosso do Sul e em todo o país. A iniciativa busca não apenas informar, mas também engajar a população na luta contínua contra essas infecções, promovendo um ambiente mais saudável e seguro para todos.
Fique atento às ações e campanhas durante o mês de dezembro e participe ativamente na prevenção e combate ao HIV e à Aids.
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