Campo Grande (MS), Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Após descobrir dados apagados, PF decide intimar ex-ajudante de Bolsonaro para novos esclarecimentos

Delação premiada de Mauro Cid pode perder valor caso informações sejam omitidas

15/11/2024

16:00

DA REDAÇÃO

Mauro Cid (Lula Marques, Agência Brasil)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deverá ser intimado novamente pela Polícia Federal (PF) para prestar novos esclarecimentos. A delação premiada de Cid também será reavaliada após a polícia recuperar arquivos deletados do seu computador, apreendido durante uma operação de busca e apreensão.

Segundo informações divulgadas pela CNN, a intimação ocorre em função dos arquivos que foram apagados do computador do ex-ajudante de Bolsonaro, mas posteriormente recuperados com o uso de um dispositivo de perícia de tecnologia israelense. A PF quer que Mauro Cid esclareça pontos em aberto que surgiram após a recuperação dos dados, para verificar a veracidade das informações que ele já apresentou em sua delação premiada.

Ainda não há uma data definida para o novo interrogatório, mas a expectativa é de que aconteça em breve. Vale ressaltar que, em uma delação premiada, o colaborador não pode omitir informações ou faltar com a verdade, sob o risco de perder os benefícios concedidos pelo acordo. Caso Cid seja identificado ocultando detalhes relevantes, a sua colaboração será invalidada.

A investigação faz parte da análise do suposto esquema de tentativa de golpe no Brasil. Além dos materiais apreendidos com Cid, a PF também analisa documentos e mensagens encontrados nos dispositivos eletrônicos do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no Governo Bolsonaro.

Novos elementos foram identificados nos dispositivos de ambos, o que resultou em um atraso na conclusão do inquérito, conforme relatado pela CNN. Entre os arquivos de Mauro Cid, mensagens com teor golpista foram apreendidas para serem incluídas no inquérito, contando com a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).


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