Campo Grande (MS), Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

JUSTIÇA

Acusados de matar Marielle Franco vão a julgamento nesta quarta-feira no Rio de Janeiro

MP pede pena máxima de 84 anos para Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz

30/10/2024

07:25

NAOM

DA REDAÇÃO

O Tribunal do Júri do Rio de Janeiro começa nesta quarta-feira (30) o julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) busca a condenação máxima, de 84 anos de prisão, pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e receptação do carro usado no atentado.

Detalhes da acusação

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do MPRJ. Lessa é acusado de ser o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, enquanto Élcio foi o motorista do veículo usado na execução. Ambos foram presos em março de 2019, em uma operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil.

Composição do Tribunal do Júri

Foram selecionadas 21 pessoas para o Tribunal do Júri, das quais sete serão sorteadas para compor o júri efetivo. Durante o julgamento, os jurados permanecerão incomunicáveis e dormirão nas dependências restritas do Tribunal de Justiça do Rio.

Testemunhas e depoimentos

O MPRJ pretende ouvir sete testemunhas, incluindo a jornalista Fernanda Chaves, assessora de Marielle e única sobrevivente do atentado. Fernanda estava no carro no momento do crime e deverá oferecer um relato crucial durante o julgamento.

O processo conta com mais de 13 mil páginas de documentos. Os réus serão ouvidos por videoconferência: Ronnie Lessa está preso em São Paulo, enquanto Élcio de Queiroz se encontra em Brasília.

Confissão e delações premiadas

Ambos os acusados confessaram envolvimento no crime e realizaram delações premiadas com a Polícia Federal. Lessa admitiu ser o atirador, enquanto Élcio confessou ser o motorista do carro usado no atentado.

Segundo Lessa, o crime foi cometido sob o comando dos irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, ambos negando qualquer envolvimento no caso.


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