IVINHEMA
PF e Gaeco realizam nova operação em Ivinhema; prefeito influencer é alvo de investigação
É a segunda operação em 15 dias no município; Juliano Ferro é investigado por suposta ocultação de bens
30/10/2024
07:06
MDX
DA REDAÇÃO
Agentes da PF na casa do prefeito influencer, Juliano Ferro (PSDB)
Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Federal (PF) estão nas ruas de Ivinhema, a 290 km de Campo Grande, cumprindo mandados na manhã desta quarta-feira (30). Esta é a segunda operação em menos de 15 dias no município, que é administrado pelo prefeito Juliano Ferro (PSDB), conhecido também por ser um influencer com mais de 760 mil seguidores no Instagram.
O Gaeco realizou buscas na sede da prefeitura e na residência do prefeito reeleito, Juliano Ferro. A PF, por sua vez, concentrou a operação em um mercado e uma garagem pertencentes ao Grupo Alvorada. O proprietário do grupo ganhou destaque recentemente ao ironizar a apreensão de uma caminhonete Silverado pela PF, afirmando em vídeo que já havia encomendado outra.
De acordo com o depoimento de um investigado, Juliano Ferro teria adquirido a caminhonete Silverado na garagem Alvorada, pagando R$ 380 mil pelo veículo por meio de um cheque. No entanto, em declaração ao Jornal Midiamax no início de outubro, Ferro afirmou que já havia vendido o carro e que não estava mais em sua posse quando foi apreendido pela PF.
O prefeito Juliano Ferro é investigado por suposta ocultação de bens, em inquérito instaurado pelo delegado Marcelo Guimarães Mascarenhas. O inquérito apura a omissão de dois veículos de alto valor, avaliados em R$ 800 mil, que não teriam sido declarados no registro de candidatura para o pleito de 2024.
Na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral, Ferro mencionou apenas três veículos: um Gol avaliado em R$ 26 mil, um Uno Mille de R$ 20 mil, e uma caminhonete F1000 de R$ 50 mil.
Em entrevista ao Jornal Midiamax, Juliano Ferro afirmou estar ciente da investigação e que já prestou depoimento à PF. Ele explicou que não incluiu a Dodge Ram na declaração de bens porque o veículo já havia sido vendido antes da entrega dos documentos. Quanto à Silverado, o prefeito alegou que o veículo ainda não possui documentação regularizada.
“Eu não coloquei a Dodge Ram na minha declaração de bens, porque eu já tinha vendido, eu mexo com a compra e venda de carro há 20 anos. E não coloquei a Silverado que foi comprada de uma pessoa investigada, porque ela não tem documento liberado. Ele falou que ia liberar o documento em dezembro e eu ia pagar em janeiro, entendeu? Já dei minha declaração e meu depoimento para a Polícia Federal”, afirmou Ferro.
O espaço segue aberto para manifestação do prefeito, que ainda não respondeu às tentativas de contato.
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