POLÍTICA
Vereador Claudinho Serra soma 8 faltas e pode ser cassado na Câmara Municipal de Campo Grande
Sem perícia e novo atestado, parlamentar afastado poderá perder o mandato se faltar a mais duas sessões
15/10/2024
10:45
CGN
DA REDAÇÃO
Claudinho Serra em plenário durante sessão da Câmara de Campo Grande ©ARQUIVO
O vereador afastado Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra (PSDB), está próximo de perder seu mandato na Câmara Municipal de Campo Grande. Ele acumula 8 faltas sem justificativa válida, após o vencimento de seu atestado médico no último sábado (12). Caso atinja 10 faltas consecutivas, o processo de cassação poderá ser aberto, conforme determina o regimento interno da Casa de Leis.
O presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, anunciou nesta terça-feira (15) que, sem a validação do atestado por perícia no Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), Claudinho já está irregular. “O atestado só tem validade se passar na perícia. Como ele não foi, o atestado não vale”, explicou Carlão.
Com o prazo final para seu retorno à Câmara estabelecido para quinta-feira (17), Claudinho tem apenas mais dois dias para regularizar sua situação. Caso ele não compareça até lá, o processo de cassação poderá ser aberto na sessão seguinte, marcada para 22 de outubro. A equipe do vereador foi notificada sobre o vencimento do prazo, mas não deu retorno.
Além disso, o vereador já está há 15 dias sem receber salário, uma vez que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o responsável pelo pagamento de licenças superiores a 15 dias. Sem a perícia para validar o afastamento, ele não está recebendo o benefício.
Se o mandato de Claudinho for cassado, seu suplente, vereador Gian Sandim (PSDB), será convocado para assumir a vaga de forma definitiva.
Claudinho Serra foi afastado em abril de 2024, após ser preso na 3ª fase da Operação Tromper, que revelou um esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações para contratos com a Prefeitura de Sidrolândia. Desde então, o vereador vem apresentando atestados médicos e licenças para permanecer afastado de suas funções. Seu último atestado, datado de 13 de setembro, não teve o CID (Classificação Internacional de Doenças) divulgado, mas informações indicam tratar-se de um atestado psiquiátrico.
Antes de ser vereador na capital, Claudinho foi secretário de Fazenda em Sidrolândia, durante a gestão de sua sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP). A Operação Tromper, conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), denunciou 22 pessoas por envolvimento no esquema de fraudes, incluindo Claudinho, o empresário Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo (conhecido como Frescura). Claudinho foi denunciado por associação criminosa, fraude em licitação, peculato e corrupção passiva.
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