FEMINICÍDIO
Mariana foi assassinada com 58 golpes de canivete, revela exame necroscópico; marido confessou o crime
Delegado Gustavo Oliveira detalha em coletiva de imprensa o crime ocorrido na frente das filhas do casal, de um e três anos
26/09/2024
08:00
DHB
DA REDAÇÃO
©REDES SOCIAIS
Mariana Agostinho Defensor, de 32 anos, foi brutalmente assassinada com 58 golpes de canivete na presença de suas filhas, de 1 e 3 anos, segundo revelou o exame necroscópico. O crime foi cometido pelo marido da vítima, Jailton Pereira dos Santos, de 33 anos, que após o feminicídio ocultou o corpo em um canavial na área rural de Ivinhema, em Mato Grosso do Sul. Dos 58 golpes, 17 foram desferidos no rosto de Mariana, conforme as investigações da Polícia Civil.
Na tarde de quarta-feira (25), o delegado Gustavo Oliveira, responsável pelo caso, realizou uma coletiva de imprensa detalhando como o crime ocorreu e as circunstâncias da prisão do suspeito, que agora responde por feminicídio. Jailton passou por audiência de custódia após ser preso temporariamente.
De acordo com o delegado, o caso começou a ser investigado na noite de domingo (22), quando a Polícia Civil foi informada sobre o desaparecimento de Mariana. Na ocasião, o carro da família foi encontrado na Gleba Vitória, em Ivinhema, com Jailton desacordado após uma tentativa de suicídio. Ele foi socorrido, entubado e transferido para o Hospital da Vida, em Dourados.
Com o avanço das investigações, testemunhas foram ouvidas e a perícia no veículo trouxe evidências que apontavam para um feminicídio. O marido, que havia sido hospitalizado, passou a ser o principal suspeito. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária de Jailton, que foi autorizada pelo Poder Judiciário após parecer favorável do Ministério Público Estadual (MPE).
Na terça-feira (24), após retomar a consciência, Jailton foi preso pela Polícia Civil de Ivinhema enquanto ainda estava em Dourados. Durante o interrogatório, ele confessou o crime, alegando que atacou a esposa com golpes de canivete após uma discussão.
Segundo o depoimento do autor, o desentendimento entre o casal começou no domingo, quando Jailton teria se irritado pelo fato de Mariana ter demorado a voltar para casa e se recusado a acompanhá-lo em uma festa. Em um ataque de fúria, o homem golpeou a esposa com uma faca na frente das filhas, que estavam no banco de trás do veículo.
Após cometer o crime, Jailton escondeu o corpo de Mariana em um canavial na área rural de Ivinhema. Baseada nas informações fornecidas durante o interrogatório, a Polícia Civil localizou o corpo da vítima no local indicado. A Polícia Científica foi acionada para realizar a perícia no local, confirmando que Mariana foi morta com 58 golpes, sendo 17 deles na face.
Em coletiva de imprensa, o delegado Gustavo Oliveira declarou que o crime foi resultado de um "ataque de fúria". "O casal havia discutido horas antes por Mariana demorar para chegar em casa naquele domingo e por se recusar a ir a uma festa com o marido. Essa foi a versão do suspeito", explicou o delegado, acrescentando que, até então, não havia histórico de violência registrado entre o casal.
Com a confirmação do feminicídio, Jailton Pereira dos Santos agora enfrentará o processo judicial, enquanto as filhas, que presenciaram o crime, devem receber acompanhamento psicológico e proteção do Estado. O caso é mais um exemplo trágico de violência doméstica que culmina em um feminicídio, reforçando a necessidade de ações de prevenção e apoio às vítimas de violência.
#jornaldoestadoms
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