Campo Grande (MS), Sábado, 18 de Janeiro de 2025

POLÍTICA

Sem apresentar atestado, faltas de Claudinho podem resultar na perda do mandato

Vereador tem até 17 de outubro para justificar ausências ou poderá ser afastado da Câmara Municipal

13/09/2024

08:21

CGN

DA REDAÇÃO

©ARQUIVO

O vereador Claudinho Serra (PSDB) corre o risco de perder seu mandato na Câmara Municipal, caso não apresente atestado médico ou outra justificativa formal para suas faltas. Após o vencimento de sua licença por interesse particular, que não é remunerada, o parlamentar ainda não definiu sua estratégia política. Até a manhã desta sexta-feira (13), segundo informações da Procuradoria da Casa de Leis, nenhuma decisão foi comunicada.

O presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSB), conhecido como Carlão, informou que o vereador não entrou mais em contato desde que se afastou e que até trocou de número de telefone. Agora, Claudinho tem três opções: retornar ao trabalho, renunciar ao cargo ou apresentar um atestado médico que justifique suas ausências. Caso contrário, faltando dez sessões consecutivas, o vereador perderá o mandato no próximo dia 17 de outubro.

Atestado médico e possíveis consequências

Caso opte por um atestado médico, Claudinho poderá retomar o recebimento de seu salário, embora sob o regime previdenciário. No entanto, se o atestado for superior a 15 dias, a remuneração será paga pelo sistema previdenciário, sendo calculada em 91% da média de 80% dos maiores salários do vereador. Recentemente, Claudinho também solicitou à Justiça a mudança de endereço residencial, saindo de um condomínio de luxo para um apartamento próprio.

Denúncias e acusações

Além das faltas, Claudinho Serra enfrenta uma grave situação jurídica. O parlamentar é apontado pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) como um dos líderes de um esquema de desvio de dinheiro público, que teria começado quando ele ocupava o cargo de secretário Municipal de Finanças.

A denúncia, feita pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) em abril, envolve 22 pessoas, entre elas o empresário Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo. Claudinho é acusado de fraude em licitações, peculato, corrupção passiva e associação criminosa.

Se Claudinho não resolver a situação política e jurídica, poderá enfrentar a perda do mandato e outras consequências mais graves, incluindo possíveis penas criminais.


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