Campo Grande (MS), Segunda-feira, 17 de Novembro de 2025

Política / Assembleia Legislativa

Kemp critica renúncia fiscal ao agro e alerta para “caos na Saúde” durante voto sobre empréstimo de R$ 950 milhões

Deputado do PT questiona endividamento do Estado e demora em cirurgias eletivas; projeto segue para análise das comissões

17/11/2025

11:15

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

Durante a votação do Projeto de Lei 281/2025, que autoriza o Governo de Mato Grosso do Sul a contratar empréstimo de R$ 950 milhões junto ao Banco do Brasil, o deputado Pedro Kemp (PT) fez duras críticas à política de renúncias fiscais e à situação da Saúde no Estado. O parlamentar declarou abstenção e cobrou “responsabilidade” do Legislativo ao aprovar novo endividamento.

Segundo Kemp, enquanto o governo concede benefícios fiscais ao agronegócio, a população enfrenta demora no atendimento, dificuldades para consultas especializadas e espera de meses por cirurgias eletivas.

“O Estado enfrenta dificuldade financeira e, em agosto, o Governo fez cortes de despesas. Fico preocupado se esses cortes afetam áreas prioritárias como a Saúde. Pacientes aguardam meses por cirurgia eletiva. E, ao mesmo tempo, renúncias fiscais favorecem o agronegócio”, afirmou o deputado na tribuna.

Projeto foi aprovado mesmo com críticas

Apesar dos questionamentos, o projeto do Executivo recebeu parecer favorável da CCJR e foi aprovado em primeira discussão, tramitando em regime de urgência. Agora, segue para análise das comissões de mérito, antes de retornar ao plenário para a segunda votação.

O Governo afirma que o valor será destinado para obras estratégicas do programa MS Ativo, sobretudo em infraestrutura urbana nos municípios. De acordo com a gestão estadual, prefeitos pediram apoio e o Estado assumiu compromisso de executar obras estruturantes.

Kemp e o deputado Zeca do PT questionaram a lógica financeira. Para Kemp, a existência de renúncias fiscais bilionárias levanta dúvidas sobre a real necessidade de contrair novo empréstimo:

“O que justifica esse sufoco que estamos vivendo, que obriga o governo a lançar mão de empréstimo para fazer esses investimentos?”, questionou.


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