A Suzano alcançou um marco histórico: 35 milhões de toneladas de celulose produzidas em suas duas fábricas instaladas em Três Lagoas, município que se consolidou como polo de referência mundial no setor. O anúncio foi feito neste mês, poucos dias após a segunda unidade da companhia, inaugurada em 2017, atingir a marca de 15 milhões de toneladas.

Para o diretor de Operações Industriais da Suzano, Eduardo Ferraz, o resultado reforça não apenas a força produtiva da empresa, mas também o impacto social e econômico em Mato Grosso do Sul.

“Esse marco vai muito além da produção. Ele coroa todo o processo de desenvolvimento de Três Lagoas, que se transformou em uma das cidades mais dinâmicas do Estado. Nosso compromisso é gerar valor não só para a companhia, mas para as comunidades onde atuamos”, afirmou.

Impacto econômico e social

Segundo levantamento do IBGE, o PIB per capita de Três Lagoas saltou de R$ 38,4 mil em 2010 para R$ 103 mil em 2021. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que a Suzano responde por 67% do PIB industrial do município e gera, direta e indiretamente, 69.334 empregos. A pesquisa aponta que cada colaborador da companhia pode gerar até 15,5 postos adicionais de trabalho na economia local.

Moradora da região, Cristiane Silva destacou a transformação promovida pela empresa:

“De um cenário com poucas oportunidades, passamos a ter empregos qualificados e melhores salários. A chegada da Suzano trouxe desenvolvimento e mudou a vida de muitas famílias, incluindo a minha.”

Estrutura industrial

A primeira fábrica da Suzano em Três Lagoas entrou em operação em 2009, com capacidade instalada de 1,3 milhão de toneladas anuais. Em 2017, foi inaugurada a segunda unidade, ampliando a produção para 3,25 milhões de toneladas por ano.

A expansão consolidou o município como um dos principais polos globais de celulose, com forte vocação exportadora e investimentos contínuos em tecnologia e sustentabilidade.

Visita internacional em Ribas do Rio Pardo

Ontem, sexta-feira (3), o governador Eduardo Riedel acompanhou o presidente do Paraguai, Santiago Peña, em visita à nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, inaugurada em 2024. A planta é considerada a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas por ano e investimentos privados de R$ 22 bilhões.

O interesse do Paraguai no setor é estratégico: o país desenvolve o projeto da Paracel, em Concepción, que prevê a produção de 1,8 milhão de toneladas anuais de celulose. Apesar dos desafios financeiros, a iniciativa pode inserir o Paraguai no competitivo mercado de “celulose verde”, ampliando a concorrência na América do Sul.