Campo Grande (MS), Sábado, 30 de Agosto de 2025
Política / Eleições 2026
Eduardo Bolsonaro ameaça deixar PL se Tarcísio de Freitas ingressar na sigla
Deputado afirma que família sofre “apagamento político” e critica falta de espaço no governo paulista; PL vive impasse sobre 2026
30/08/2025
08:00
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nesta sexta-feira (29) que ele e sua família podem deixar o Partido Liberal (PL) caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), migre para a legenda. A afirmação foi feita em entrevista ao Metrópoles, em meio às articulações partidárias que miram as eleições presidenciais de 2026.
O deputado se queixou de um processo de “apagamento da família Bolsonaro” dentro do PL.
Criticou a ausência de aliados ideológicos no governo Tarcísio:
“Qual é o secretário bolsonarista que existe no governo Tarcísio? Não tem. Mas tem pessoas ali que são ligadas ao PSOL”.
Relatou que tentou indicar um nome para a Secretaria de Cultura, mas a escolha foi rejeitada.
Disse considerar Tarcísio um gestor íntegro e honesto, mas avaliou que, se eleito presidente, seria difícil a família ter espaço em seu governo.
Eduardo afirmou que cogita disputar a Presidência em 2026, ainda que esteja residindo nos Estados Unidos, o que poderia resultar, segundo ele, na “primeira campanha virtual da história do País”.
Mensagens interceptadas pela Polícia Federal revelaram que Eduardo chegou a criticar o pai e demonstrar irritação com a aproximação de Jair Bolsonaro a Tarcísio.
No último dia 25, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que Tarcísio se filiaria ao partido caso fosse candidato à Presidência.
Já o presidente do Republicanos alimentou a especulação ao afirmar, durante evento, que a legenda poderia lançar Tarcísio como presidenciável.
Dois dias depois, Valdemar recuou e publicou em rede social que o candidato do PL será Jair Bolsonaro ou quem ele, e somente ele, escolher.
A declaração de Eduardo expõe um racha interno no bolsonarismo: de um lado, a família Bolsonaro busca manter protagonismo; de outro, cresce a pressão para que Tarcísio de Freitas seja consolidado como alternativa competitiva da direita em 2026.
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