Política / Economia
Zema critica reação do governo Lula a tarifaço dos EUA e diz que “nenhum país pode receber retaliação por causa de uma pessoa”
Governador mineiro também confirmou que vai pedir autorização para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar
11/08/2025
22:30
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta segunda-feira (11) que o Brasil não pode sofrer retaliações internacionais motivadas por questões pessoais.
“Nenhum país pode receber retaliação por causa de uma pessoa, qualquer que seja essa pessoa. Uma nação está acima de qualquer pessoa, independente do que ela seja”, declarou durante entrevista no 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo.
A fala foi uma resposta a questionamentos sobre a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que defende nos Estados Unidos a ampliação de sanções contra autoridades brasileiras, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
No último dia 6 de agosto, o presidente americano Donald Trump impôs tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando que Bolsonaro sofre uma “caça às bruxas” no Brasil. Trump também exigiu que o processo contra o ex-presidente seja interrompido “imediatamente” e sancionou, por meio da Lei Magnitsky, o ministro do STF Alexandre de Moraes, relator de investigações contra bolsonaristas.
Zema disse que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “extremamente lento” na reação às medidas comerciais impostas pelos EUA.
“Se eu fosse presidente, a primeira coisa que teria feito assim que os Estados Unidos anunciaram o aumento das tarifas brasileiras era pegar o avião e ir diretamente lá para que isso nem tivesse entrado em vigor. O que vimos foi um presidente ironizando, aumentando o tom da crítica e piorando o ambiente de negócios”, afirmou.
O governador mineiro defendeu que eventuais retaliações sejam direcionadas “a quem criou problema para os Estados Unidos” e não ao país como um todo.
Zema confirmou que pretende visitar Jair Bolsonaro em Brasília e que vai solicitar autorização judicial para o encontro. O ex-presidente cumpre prisão domiciliar por ordem de Alexandre de Moraes.
O 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), reuniu autoridades e representantes do setor produtivo para debater desafios e oportunidades do agro. Participaram nomes como o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.
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