Polícia / Justiça
MP denuncia pecuarista Paulo Lange, filho e duas testemunhas por assassinato de produtor rural em Dourados
Crime ocorreu após briga entre vizinhos; Ministério Público aponta homicídio qualificado, fraude processual e omissão de socorro
31/07/2025
13:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou o pecuarista Paulo Afonso de Lima Lange e mais três envolvidos pelo assassinato do produtor rural Volnei Kommers Beutinger, de 52 anos, ocorrido em 10 de julho, no distrito de Itahum, em Dourados (MS). Os denunciados são o próprio autor do disparo, o filho dele, o caseiro da fazenda e um funcionário da vítima.
Paulo Lange foi denunciado por homicídio qualificado, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo, e está preso desde o dia 12 na Penitenciária Estadual de Dourados (PED), após se apresentar à polícia alegando legítima defesa do filho.
Paulo Afonso de Lima Lange (pecuarista):
• Homicídio qualificado
• Fraude processual
• Porte ilegal de arma
Filho de Paulo Lange (37 anos, nome não divulgado):
• Omissão de socorro
• Fraude processual
• Porte ilegal de arma
Caseiro da fazenda de Paulo Lange:
• Fraude processual
Funcionário de Volnei Beutinger:
• Omissão de socorro
O delegado Lucas Albe Veppo, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), conduziu o inquérito que subsidiou a denúncia do MP. Os nomes dos três co-denunciados não foram divulgados. Segundo o delegado, como os crimes atribuídos a eles são de menor gravidade, não foi solicitada a prisão preventiva.
Conforme apuração da Polícia Civil, Volnei foi até a fazenda de Paulo Lange acompanhado de seu funcionário para procurar bois que haviam fugido para a propriedade vizinha. Ao chegarem, o filho do pecuarista disse que os animais seriam enviados ao frigorífico. A discussão que se seguiu terminou em luta corporal entre os dois.
Nesse momento, Paulo Lange teria sacado um revólver calibre .38 e atirado no peito de Volnei. Ele então tentou forçar o funcionário da vítima a remover o corpo do local. Diante da recusa, o próprio Paulo colocou o corpo em sua caminhonete Ford Ranger e o levou de volta à fazenda da vítima.
No dia seguinte, Paulo se apresentou à polícia alegando que agiu em legítima defesa e que Volnei estaria armado com uma faca, ainda com vida, quando foi transportado. Disse ainda que optou por levá-lo de volta à outra propriedade por falta de sinal de celular para acionar o socorro.
No entanto, o funcionário da vítima desmentiu a versão, afirmando que Volnei já estava morto e que não portava arma alguma.
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