Cidadania / Combate à Fome
Brasil sai do Mapa da Fome da ONU em tempo recorde e celebra conquista histórica com políticas sociais integradas
FAO reconhece redução da subnutrição para menos de 2,5% da população; Lula destaca avanço social e compromisso com justiça alimentar
28/07/2025
12:00
DA REDAÇÃO
A saída do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e o acesso à alimentação saudável ©Lyon Santos/ MDS
O Brasil está oficialmente fora do Mapa da Fome da ONU. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (28), em Adis Abeba, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com base nos dados trienais de 2022 a 2024. A média nacional de subnutrição caiu para menos de 2,5% da população, retirando o país da lista de nações em situação de fome grave — um feito alcançado em apenas dois anos de governo.
“Com políticas públicas sérias e compromisso com o povo, é possível combater a fome. O Brasil está fora do mapa da fome, mais uma vez”, comemorou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em suas redes sociais.
A conquista é fruto do Plano Brasil Sem Fome, que reúne ações estruturantes como:
Bolsa Família (com foco em famílias de baixa renda)
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
Cozinhas Solidárias e alimentação escolar fortalecida
Valorização do salário mínimo e do trabalho formal
Crédito para agricultura familiar (Pronaf)
Qualificação profissional e apoio ao empreendedorismo
Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, a meta inicial era sair do Mapa da Fome até 2026, mas o objetivo foi alcançado antes do previsto. “Sem justiça alimentar, não há soberania. E sem democracia, não há justiça social”, disse.
A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) aponta que cerca de 24 milhões de brasileiros deixaram a condição de insegurança alimentar grave até o final de 2023. A pobreza extrema caiu para 4,4% em 2023, menor patamar da série histórica. Outras conquistas incluem:
Desemprego em 2024: 6,6% (menor índice desde 2012)
Rendimento domiciliar per capita: R$ 2.020
Índice de Gini: 0,506 (menor desigualdade já registrada)
1 milhão de famílias deixaram o Bolsa Família em julho/25 após aumento de renda
Das 1,7 milhão de vagas formais criadas em 2024, 98,8% foram ocupadas por pessoas do Cadastro Único (CadÚnico). Destas, 1,27 milhão eram beneficiárias do Bolsa Família, mostrando a eficácia das políticas de inclusão produtiva.
Durante a presidência do G20, o Brasil lançou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, já apoiada por 101 países. A proposta visa unir governos, instituições financeiras e organizações sociais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.
“O exemplo brasileiro pode ser adaptado em muitos países. Sair do mapa da fome é só o começo”, afirmou Wellington Dias.
Um país entra no Mapa da Fome quando mais de 2,5% da população está em subnutrição crônica.
O cálculo se baseia na disponibilidade de alimentos, consumo médio e desigualdade de renda.
A média trienal 2022/2023/2024 levou o Brasil a sair oficialmente da lista em 2025.
A medição é atualizada anualmente pela FAO com base em dados de agências como IBGE, UNICEF, OMS e PMA.
Escala EBIA do IBGE
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)
Triagem de Risco de Insegurança Alimentar (TRIA)
Cadastro Único (CadÚnico) com projeções municipais
Acompanhamento nutricional em UBS e escolas públicas
O Relatório SOFI – Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 é o principal documento da ONU sobre fome e nutrição, divulgado durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, que acontece até 29 de julho, na Etiópia.
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