Campo Grande (MS), Terça-feira, 22 de Julho de 2025

Política / Justiça

PF avalia prender Eduardo Bolsonaro por tentativa de extorsão à Justiça e cooperação com Trump

Deputado é investigado por pressionar autoridades brasileiras a suspender julgamento de golpe e instigar retaliações internacionais contra o STF

22/07/2025

08:35

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

A Polícia Federal avalia a adoção de medidas duras contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no inquérito que investiga pressões ilegais sobre o STF, a PF e outras instituições brasileiras. Entre as possibilidades consideradas estão buscas e apreensões, quebra de sigilos e até ordem de prisão, especialmente por sua atuação no exterior em favor da anistia ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, Eduardo foi poupado na operação realizada na última sexta-feira (18) devido ao fato de estar residindo nos Estados Unidos, o que exigiria cooperação jurídica internacional para qualquer medida coercitiva. No entanto, cresce no STF e entre investigadores a percepção de que pai e filho continuam obstruindo a Justiça, mesmo após as primeiras cautelares impostas.

Atuação internacional e articulação com Trump

Desde sua mudança para os EUA em maio, Eduardo Bolsonaro articulou uma ofensiva internacional contra o ministro Alexandre de Moraes, incluindo:

  • Carta de congressistas republicanos à Casa Branca pedindo sanções contra Moraes

  • Carta pública de Donald Trump, pedindo o fim do processo judicial contra Bolsonaro

  • Suspensão dos vistos de oito ministros do STF, anunciada por Trump

Essas ações são tratadas pela PF e por Alexandre de Moraes como “atentados à soberania nacional”, com o objetivo de interferir nos processos judiciais em andamento e desestabilizar o Judiciário brasileiro.

Apreensões na casa de Jair Bolsonaro:

Durante a operação do dia 18/7, a Polícia Federal apreendeu:

  • US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie

  • Uma cópia de ação protocolada nos EUA contra Moraes

  • Um pen drive escondido em um banheiro, cujo conteúdo foi considerado irrelevante

Ataques à PF e reação institucional

Após a operação, Eduardo Bolsonaro fez declarações ofensivas à Polícia Federal durante uma live:

“Vai lá, cachorrinho da Polícia Federal que tá me assistindo... Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui.”

A fala foi direcionada ao delegado Fábio Alvarez Shor, que conduz parte das investigações. A declaração foi classificada por investigadores como “método miliciano” e gerou nota de repúdio da Federação Nacional dos Delegados da PF (Fenadepol):

“Configura tentativa de deslegitimar o trabalho técnico e representa grave afronta à autonomia funcional da instituição.”

Possíveis medidas contra Eduardo Bolsonaro:

  • Mandado de busca e apreensão em endereços nos EUA

  • Prisão preventiva com base em obstrução de Justiça e atentado à soberania

  • Cooperação jurídica internacional para responsabilização penal

  • Bloqueio de comunicações e redes sociais

Fontes próximas ao STF avaliam que a prisão simultânea de Jair e Eduardo Bolsonaro poderá ser inevitável caso novas violações às cautelares sejam comprovadas.


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