Campo Grande vai se tornar, em março de 2026, o centro das discussões globais sobre a conservação da fauna silvestre migratória. A cidade foi oficialmente escolhida para sediar a COP15 das Espécies Migratórias, evento que reunirá delegações de mais de 130 países, além de cientistas, lideranças indígenas, comunidades tradicionais, autoridades e representantes da sociedade civil.

A expectativa é que o encontro internacional atraia até 5 mil participantes à Capital de Mato Grosso do Sul, consolidando o Estado como referência mundial em políticas ambientais e conservação da biodiversidade.

O que é a COP15 das Espécies Migratórias?

Trata-se da 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS/ONU), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e governos locais.

O evento debaterá os principais desafios para a proteção de espécies que cruzam fronteiras, como baleias, elefantes, antílopes, aves, morcegos, peixes e até borboletas, essenciais para o equilíbrio ecológico global.

Quando e onde será o evento?

• 📍 Data: 23 a 29 de março de 2026

• 🏛️ Blue Zone (Zona Azul): Expo Bosque, no Shopping Bosque dos Ipês — espaço reservado para reuniões oficiais entre as delegações.

• 🌳 Green Zone (Zona Verde): Cidade Morena, área anexa ao Parque das Nações Indígenas — aberta ao público, com atividades culturais, exposições e praça de alimentação.

Declarações

O secretário adjunto da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, destacou a relevância do evento para Mato Grosso do Sul:

“Teremos os holofotes do mundo voltados novamente para nosso Estado. É uma oportunidade para apresentar nossas políticas ambientais, atrair investimentos e fortalecer programas como o de pagamento por serviços ambientais”, afirmou.

Como Campo Grande foi escolhida

Desde novembro de 2024, Campo Grande se candidatou a sediar a COP15 e, após intensa articulação entre o Governo do Estado, o Ministério do Meio Ambiente e a ONU, foi anunciada oficialmente como sede no final de março de 2025.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, explica que a escolha foi baseada no reconhecimento das políticas ambientais bem-sucedidas em Mato Grosso do Sul.

“É um reconhecimento do nosso compromisso com a sustentabilidade, que vem sendo demonstrado em diversos programas de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável”, reforçou.

Por que proteger as espécies migratórias?

As espécies migratórias desempenham um papel crucial na manutenção da biodiversidade global. Elas são fundamentais para:

• 🌍 Equilíbrio dos ecossistemas

• 📊 Indicadores de saúde ambiental

• 🌱 Manutenção de ciclos ecológicos essenciais

Impacto para Campo Grande e MS

• Geração de empregos temporários

• Fomento ao turismo internacional

• Valorização das pautas ambientais

• Projeção global da cultura e biodiversidade do Estado

Histórico

A última edição do evento, COP14 das Espécies Migratórias, foi realizada em Samarcanda, Uzbequistão, em fevereiro de 2024, reunindo especialistas de todo o mundo para discutir soluções para a conservação da fauna migratória.