Campo Grande (MS), Quarta-feira, 21 de Maio de 2025

Educação / Justiça

PF revela esquema de corrupção na Educação de MS com contratos acima de R$ 20 milhões

Operação Vox Veritatis apura fraudes em adesões de atas; comissões de 5% eram repassadas a empresários e servidores públicos

21/05/2025

06:30

DA REDAÇÃO

©ILUSTRAÇÃO

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (21) a Operação Vox Veritatis, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal, para investigar um esquema de corrupção milionário envolvendo contratos da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED-MS). A ação é um desdobramento das operações “Mineração de Ouro” e “Terceirização de Ouro”, que também investigaram desvios de recursos públicos federais no Estado.

Segundo as investigações, empresários e servidores da SED manipulavam o processo de adesão a atas de registro de preços de outros órgãos públicos para fechar contratos com sobrepreço. Em troca, os fornecedores pagavam comissões de 5% sobre o valor contratado aos intermediários, que dividiam o montante com servidores públicos envolvidos no esquema.

Fraudes em contratos da Educação

  • Dois contratos investigados somam mais de R$ 20 milhões

  • Contratos envolviam fornecedores com atas registradas em outros órgãos, que eram direcionados pela SED mediante pagamento de propina

  • São cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Campo Grande (MS) e no Rio de Janeiro

Um dos alvos da operação foi uma residência localizada na Rua das Garças, na capital sul-mato-grossense.

Crimes investigados

Os alvos da operação podem responder por:

  • Peculato

  • Corrupção ativa e passiva

  • Lavagem de dinheiro

  • Fraudes em processos licitatórios

Nome da operação

“Vox Veritatis”, expressão em latim que significa “voz da verdade”, simboliza o papel das instituições públicas no esclarecimento de fraudes ocultas e na defesa dos recursos destinados à educação pública.

“A operação revela mais um capítulo grave de desvio de verbas públicas, desta vez afetando diretamente a educação, uma das áreas mais sensíveis da gestão pública”, destacou uma fonte ligada às investigações.


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