Campo Grande (MS), Sábado, 17 de Maio de 2025

Política / Justiça

"Vou morrer na cadeia", diz Bolsonaro ao negar golpe e ironizar investigação

Ex-presidente afirma que não sairá do Brasil, volta a alegar perseguição política e minimiza trama golpista como “golpe da Disney”

17/05/2025

08:30

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (17) que não deixará o Brasil e está preparado para ser preso. Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil, ele ironizou as investigações que o colocam como principal articulador de uma tentativa de golpe de Estado, e classificou as acusações como infundadas.

Eu com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, declarou Bolsonaro.

Acusações e possível pena

Bolsonaro é réu em ação da PGR (Procuradoria-Geral da República) por suposta participação em uma trama golpista para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Se condenado, ele pode pegar mais de 40 anos de prisão.

Os crimes atribuídos a ele incluem:

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito

  • Golpe de Estado

  • Organização criminosa armada

  • Dano qualificado e ameaça ao patrimônio público

  • Deterioração de patrimônio tombado

A defesa do ex-presidente sustenta que ele não poderia ter participado da articulação golpista por estar nos Estados Unidos na ocasião. Bolsonaro voltou a citar o episódio como uma “farsa”, destacando sua estadia em Orlando em janeiro de 2023.

“Está previsto 40 anos de cadeia. Me prendam. Estou com 70 já, quase morri em uma cirurgia. Vou morrer, não vai demorar”, disse.

Discurso de perseguição e críticas ao Judiciário

Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a alegar que é alvo de perseguição do sistema, que segundo ele, trabalha para impedir sua candidatura em 2026. Criticou o Supremo Tribunal Federal, mencionou a condenação da deputada Carla Zambelli e o processo contra o delegado Alexandre Ramagem, classificando ambos como "ativismo judicial".

Eu não sei até quando vou resistir”, afirmou.

Agro, MST e INSS

A entrevista também abordou temas como o agronegócio. Bolsonaro disse ter dado “segurança jurídica ao agro” e afirmou ter “tirado a força do MST” durante seu mandato.
Sobre as fraudes no INSS, acusou sindicatos de serem os maiores beneficiários.

“Não estou insinuando nada, mas o irmão do Lula está à frente de um sindicato”, disse, sugerindo conexões políticas.


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