Infraestrutura / Economia
Pedágio na Rota da Celulose pode render R$ 1,8 milhão por dia com leilão marcado para esta quinta-feira
Edital prevê 12 praças de cobrança, investimento de R$ 10 bilhões em 30 anos e sistema 100% eletrônico; quatro grupos empresariais estão na disputa
07/05/2025
17:00
CE
DA REDAÇÃO
Ao todo, serão 12 praças de pedágio ao longo dos 870 quilômetros que devem ser privatizados em MS ©Gerson Oliveira
Nesta quinta-feira (8), a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) sedia o leilão da concessão da Rota da Celulose, projeto que prevê a privatização de 870 km de rodovias em Mato Grosso do Sul. O consórcio vencedor poderá faturar até R$ 1,8 milhão por dia com a instalação de 12 praças de pedágio, de acordo com estimativas baseadas em estudos do Governo do Estado realizados entre 2022 e 2023.
O fluxo total diário estimado nas áreas de cobrança chega a 120 mil eixos rodantes, sendo a BR-267, entre Nova Alvorada do Sul e Bataguassu, o trecho com maior movimento. Já a MS-040, entre Campo Grande e Santa Rita do Pardo, apresenta tráfego reduzido, com 16 mil eixos por dia.
A tarifa média nas rodovias pode chegar a R$ 15 por praça, conforme o teto estipulado de R$ 0,19 por km em pista simples e R$ 0,26 em pistas duplicadas, caso não haja deságio significativo. O edital prevê um modelo 100% eletrônico, com sistema free-flow, onde o pagamento é feito automaticamente, sem necessidade de cabines.
Usuários com tags de pagamento automático terão desconto de 5%, e motoristas de veículos de passeio poderão obter até 20% de desconto progressivo conforme a frequência. Motociclistas serão isentos de pagamento.
Quatro grupos demonstraram interesse em disputar o leilão:
BTG Pactual (com empresa de logística)
XP Investimentos
Consórcio Kinea + Way (Rotas do Brasil)
K-Infra, com atuação no Rio de Janeiro
O consórcio Rotas do Brasil já opera rodovias em MS e MG, incluindo a Rota do Zebu, vencida em outubro de 2024.
A concessão inclui rodovias federais e estaduais:
BR-267: de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul
BR-262: de Campo Grande a Três Lagoas
MS-040: de Campo Grande a Santa Rita do Pardo
MS-338 e MS-395: entre Santa Rita e Bataguassu
No total, serão R$ 10 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos, com prazos de até oito anos para obras prioritárias.
Duplicações: 115 km
Acostamentos: 457 km
Terceiras faixas: 245 km
Vias marginais: 12 km
Contornos urbanos: 38 km
Câmeras OCR: no mínimo 484 unidades
Pesagem eletrônica dinâmica (HS-WIN)
Comunicação direta com usuários via painéis e apps
O edital foi reformulado após cancelamento em 2024 por falta de interessados. O retorno sobre o investimento passou de 10,37% para 11,41%, e o modelo ficou mais atrativo ao setor privado.
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