CAPITAL
Morre ex-procurador condenado por homicídio e preso por estupro de vulnerável
Carlos Alberto Zeolla tinha 60 anos e sofreu um infarto; ficou conhecido por matar o sobrinho e foi acusado de abusar de três crianças
23/03/2025
16:35
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O procurador de Justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla, de 60 anos, morreu neste domingo (23) em Campo Grande (MS), vítima de um infarto. O velório está marcado para esta segunda-feira (24), a partir das 8h, no Cemitério Parque das Primaveras, na Avenida Senador Filinto Müller, no Jardim Parati.
Zeolla ganhou notoriedade em 2009, após assassinar o sobrinho Cláudio Zeolla, de 23 anos, com um tiro na nuca, quando o rapaz seguia para a academia. O crime chocou a cidade e levou à prisão imediata do procurador. Em 2011, ele foi a julgamento e se declarou arrependido, afirmando que cometeu o crime num “momento de loucura”.
Durante o processo, a defesa alegou que Zeolla enfrentava transtornos psicológicos, agravados por uma cirurgia bariátrica recente à época. Ele relatou ter matado o sobrinho após supostamente ouvir que o jovem havia agredido o avô, então com 76 anos. Condenado a 8 anos de prisão em regime semiaberto, Zeolla passou por clínicas psiquiátricas e chegou a cumprir parte da pena na Unidade da Gameleira.
Em 2016, sete anos após o homicídio, Zeolla foi novamente preso — desta vez, por suspeita de estupro de vulnerável, em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
As investigações revelaram que o ex-procurador havia abusado de pelo menos três crianças: meninos de 10, 11 e 13 anos, moradores do bairro Nova Serrana. Os relatos apontavam que Zeolla oferecia bebidas alcoólicas às vítimas e fazia promessas de viagens ao exterior, como uma ida à Alemanha, em troca dos abusos.
A denúncia foi registrada na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), com base no depoimento do adolescente de 13 anos, que rompeu o silêncio após uma discussão com a mãe. O caso ganhou força quando outras duas vítimas confirmaram o padrão de comportamento.
Zeolla teve uma trajetória marcada pela ascensão na carreira pública como procurador de Justiça, mas seu nome passou a figurar entre os mais polêmicos do judiciário sul-mato-grossense após os dois escândalos criminais. As acusações envolvendo violência familiar e abuso sexual de crianças mancharam definitivamente sua reputação.
A Associação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul e o MPE-MS ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a morte.
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