Feminicídio em MS
Perícia confirma que Giseli foi queimada viva em poço no bairro Aero Rancho
Laudo aponta agressão prévia e morte causada por queimaduras; vítima é a sexta mulher assassinada por feminicídio em MS em 2024
21/03/2025
12:15
CGN
DA REDAÇÃO
Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, é a sexta vítima de feminicídio
O laudo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) confirmou que Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, foi queimada viva em um poço localizado no quintal de uma residência no bairro Aero Rancho, em Campo Grande (MS). A vítima foi encontrada até 12 horas após sua morte, ocorrida no dia 1º de março, caracterizando o sexto caso de feminicídio no estado em 2024.
Segundo o documento pericial, a mulher apresentava hematomas na cabeça, indicando que foi agredida antes do incêndio. Os ferimentos, no entanto, não foram a causa da morte.
De acordo com o Imol, os exames internos e externos revelaram que as lesões causadas pelo fogo foram vitais, contribuindo diretamente para o óbito. O relatório aponta ainda sinais de asfixia, confirmando que Giseli morreu em decorrência da carbonização por ação térmica.
“A rigidez cadavérica nos membros e em desfazimento na cervical, além da ausência de mancha verde abdominal, permitem afirmar que a morte ocorreu em período superior a 12 horas e inferior a 24 horas antes do início do exame necroscópico”, diz o laudo.
O crime ocorreu em uma casa na Rua Filipinas, onde vizinhos relataram gritos de socorro vindos do imóvel. Após o feminicídio, o suspeito — companheiro da vítima — teria aberto um poço desativado no quintal para ocultar o corpo e atear fogo. Ele foi preso ainda no dia do crime.
Giseli é a sexta mulher assassinada por feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2024, segundo dados oficiais. O caso gera indignação e reforça o alerta sobre o aumento da violência contra mulheres no estado.
O crescimento de casos de feminicídio tem acendido um alerta nas autoridades e organizações de proteção à mulher. O crime de Giseli, com características de extrema crueldade, evidencia a necessidade urgente de reforço nas políticas públicas de combate à violência de gênero e proteção às vítimas em situação de risco.
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