Campo Grande (MS), Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2025

POLÍTICA

Operação Malebolge: Gaeco prende filho de prefeito e secretárias por fraudes em prefeituras de MS

Esquema envolvia desvio de recursos públicos e corrupção em licitações; empresa fornecedora de alimentos foi interditada

18/02/2025

17:05

DA REDAÇÃO

©DIVULGAÇÃO

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e o Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) deflagraram, nesta terça-feira (18), a Operação Malebolge, prendendo o filho do prefeito de Rochedo, secretárias municipais e servidores envolvidos em um esquema de fraudes em licitações e desvio de dinheiro público em Mato Grosso do Sul.

Entre os presos, está Fernando Fernandes, filho do prefeito de Rochedo, Arino Fernandes (PSDB).

Em Água Clara, foram detidas:
📌 Denise Medis – Secretária de Finanças
📌 Ana Carla Benette – Servidora da Secretaria de Educação
📌 Jânia Alfaro – Servidora da Secretaria de Educação

A reportagem apurou que a investigação começou no município após o então vereador, Alfredo Alexandrino, denunciar entrega irregular de produtos no Município.

📢 "As investigações apontam que o esquema criminoso envolvia manipulação de licitações, pagamento de propina a servidores públicos e direcionamento de contratos milionários para empresas do grupo", informou o Ministério Público.

Esquema de corrupção e desvios milionários

A Operação Malebolge cumpriu 11 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão nas cidades de Água Clara, Campo Grande, Rochedo e Terenos.

📌 Fraudes constatadas na investigação:
Manipulação de licitações para favorecer empresas ligadas ao grupo criminoso
Editais direcionados e simulação de concorrência em contratos públicos
Propina a agentes públicos para agilizar pagamentos e validar serviços não prestados
Desvios milionários, com contratos que ultrapassam R$ 10 milhões

Segundo o Ministério Público, as fraudes foram reveladas a partir de provas obtidas na Operação Turn Off, com mensagens e documentos apreendidos em celulares de suspeitos, confirmando a atuação do grupo.

Empresa fornecedora de alimentos é interditada por irregularidades

Além das prisões, a Vigilância Sanitária interditou uma câmara frigorífica de uma empresa fornecedora de alimentos para prefeituras do interior, devido a irregularidades na conservação de alimentos.

📌 Foram encontrados:
Alimentos vencidos e impróprios para consumo
Produtos destinados a escolas da rede pública em condições inadequadas
Desvio de dinheiro na compra de merenda escolar

A empresa, localizada em Campo Grande, foi interditada imediatamente.

Durante a operação, os policiais ainda apreenderam R$ 9 mil em espécie com um dos alvos da investigação.

Origem do nome da operação: Malebolge

A operação recebeu o nome "Malebolge", em referência à obra Divina Comédia, de Dante Alighieri, que descreve os diferentes círculos do inferno. No livro, "Malebolge" é a região destinada aos fraudadores e corruptos, punidos de acordo com a gravidade de seus atos.

Próximos passos da investigação

A Operação Malebolge segue em andamento, e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias. A Justiça agora analisa as provas coletadas para definir as próximas ações contra os envolvidos no esquema de corrupção.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul reforçou que seguirá atuando para punir os responsáveis e evitar que novos desvios comprometam os serviços públicos no estado.


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