Campo Grande (MS), Segunda-feira, 31 de Março de 2025

ENTREVISTA

MUSICAL - Stone Crow conta sua história no cenário do MS e influências musicais da banda 

O guitarrista Helder Domingues fala da mistura de som e estilos no repertório da Stone Crow que dá personalidade à banda, associa excelência técnica e presença de palco para entregar um show contagiante e enérgico 

12/02/2025

10:00

ALESSANDRA PAIM

©DIVULGAÇÃO

A banda Stone Crow está há 15 anos na carreira musical e sua primeira aparição foi em 2010 no Bar Fly em um evento feito pelo Bando do Velho Jack. O repertório da Stone Crow é diversificado com som pesado e estilos musicais como heavy metal, thrash metal, stoner rock, blues e Southern Rock. Lançaram 02 músicas autorais nas plataformas digitais “Broken” e “Same” As composições refletem às misturas de influências dos integrantes, resultando em uma sonoridade densa, com raízes no blues e rock in roll, mas com uma sonoridade moderna e vibrante. O foco da banda é finalizar algumas autorais ainda em desenvolvimento. Suas principais influências musicais são Metallica e Black Sabbath, além de Led Zeppelin, ZZ Top, Lynyrd Skynyd, Black Labol Society e a banda Dream Theater. A Stone Crow é composta por 04 integrantes: Marcelo Oliveira na guitarra e vocal, Helder Domingues na guitarra, Neylor Dutra no baixo e Matheus Mattos na bateria. Atualmente a banda se apresenta nos bares alternativos de Campo Grande e os próximos shows ocorrem dia 01/03 no Blues Bar, 22/03 no Mirante Bar comemoração do aniversário do baixista, Neylor e dia 11/04 no Barô com retorno do projeto acústico. Segue a entrevista completa com o guitarrista Helder Domingues.

Alessandra Paim, Jornalista - Como surgiu a ideia de montar a Stone Crow?
Helder Domingues
– eu e o Marcelo a gente conversava direto sobre as bandas daqui, como as músicas que a gente gostava eram executadas de qualquer jeito. E a gente tinha essa vontade de tocar as músicas que a gente gosta, montar uma banda para tocar as músicas que a gente gostava de ouvir. Tem uma abordagem também relativo a equipamento, esse tipo de som que a gente faz ele exige equipamentos específicos para que as coisas soem da maneira correta. inicialmente a gente começou com isso e também para pode fazer as versões das músicas que a gente queria tocar e na época não tinha nenhuma banda tocando as coisas que a gente começou o que mencionei anteriormente. A gente gosta desde Blues, Black Sabbath e passando por Metallica e foi evoluindo até que a gente resolveu montar a banda.

Alessandra Paim, Jornalista – Qual o estilo musical da banda?
Helder Domingues – a banda tem o estilo musical que a gente considera como rock pesado. Por que a gente nem é muito heavy metal e nem rock in roll. Nosso repertório toca de tudo, Metallica, Black Sabbath que são bandas de heavy metal, Metallica Thrash Metal que é uma das influências da banda, também. Mas as nossas influências passam por vários estilos, inclusive com Blues, Southern Rock que é um estilo que a gente gosta muito que a banda tem uma pegada nessa veia, também. A gente toca Lynyrd Skyrndy, ZZ Top são bandas conhecidas de Sounthern Rock entre outras coisas. E já tivemos versões de blues, temos uma música que fizemos uma versão que é um blues da década de 40 que chama John The Revelator, uma música tradicional de blues folk americana gravada pela primeira vez por Blind Willie Johnson em 1930. E a ideia inicial veio depois de ver a versão dessa música na trilha daquela série Sons Of Anarchy. E era muito legal a versão e acabamos fazendo a nossa versão. Sempre tocamos essa música em nossos shows.

Alessandra Paim, Jornalista - Autorais
Helder Domingues – a banda tem 02 músicas publicadas nas plataformas digitais, você consegue encontrar no Youtube, Music, Apple Music, Spotify as músicas são: “Broken” e “Same Evil” são 02 títulos que a gente compôs e gravou já faz um tempo, a gente lançou em 2021. Temos essas 02 e outras músicas iniciadas e não finalizadas e por conta do tempo, nós temos outros empregos formais, que acaba tomando tempo para não finalizar. Precisamos de tempo para finalizar.

Alessandra Paim, Jornalista - Festivais e eventos
Helder Domingues – já participamos de alguns festivais, mas fazemos mais eventos nas casas noturnas e festas particulares. A banda não tem uma atividade de tocar toda semana pelo tipo de som que a gente faz é mais pesado e isso faz com que a quantidade de eventos específicos que aceitem esse tipo de som seja menor. Tem também essa questão de estrutura porque muitas vezes a gente é chamado para algum evento que não tem a estrutura suficiente ou o cachê da banda esbarra dependendo do evento proposto. Mas já fizemos alguns eventos grandes como encontros de motos em Três Lagoas e outras cidades.

Alessandra Paim, Jornalista - Qual a maior influência musical da Stone Crow?
Helder Domingues - Metallica e Black Sabbath. São 02 bandas que influenciaram muito quando éramos mais novos, Metallica principalmente, uma das minhas principais influências musicais. Mas a banda também tem outras influências dos integrantes como disse, gostamos muito de blues, Led Zeppelin, Lynyrd Skynyd, Black Labol Society, bandas de Stoner Rock. Então, as principais são aquelas e outras dentro da nossa esfera de influências. Nosso batera também tem uma influência por uma banda chamada Dream Theater que é uma banda bem técnica, mas pesada.

Alessandra Paim, Jornalista - Projetos
Helder Domingues – terminar as nossas músicas que a gente começou a mexer e de repente voltar a trabalhar com projeto acústico que trabalhamos durante a pandemia.

Alessandra Paim, Jornalista - Onde podemos assistir a Stone Crow tocar?
Helder Domingues – geralmente tocamos no Blues Bar, Canalhas, festas particulares e estamos abertos para festivais, também.

Alessandra Paim, Jornalista - Qual foi o momento mais marcante para a banda? 
Helder Domingues – o início das atividades da banda, aqueles anos iniciais foram bem intensos pra nós. A gente tinha muito ensaio, eram 2x por semana. A gente tinha na época cenários com locais para tocar e a gente estava experimentando muito também. Então, foi um momento bem marcante e a entrada do Matheus que não é o baterista inicial, mas ele trouxe uma pegada nova, um fôlego novo para banda.  Tivemos a estreia do tributo Metallica que a gente fez em 2012 e fizemos esse projeto em parceria com Hangar na época, era uma casa de show, mas que trouxe essa perspectiva nova, foi a primeira vez e foi marcante para a banda.

Alessandra Paim, Jornalista - Receptividade do público
Helder Domingues – a gente teve uma vibe muito positiva, a banda produz um show que é bem energético, ninguém fica indiferente. Geralmente o retorno é muito positivo e isso é muito legal. Quando montamos a banda Stone Crow nós tínhamos já histórias no rock in roll em Campo Grande, então já éramos conhecidos dentro do cenário, então sempre foi uma coisa que trouxe curiosidades de ver o que essa união ia trazer em termo de resultado de som. Mas a banda em si tem uma característica que funciona muito bem entre a gente que acaba fazendo a interação com o público. Essa energia intensa que a gente passa nos shows, essa verdade que a gente toca aquilo que a gente gosta, da maneira que a gente quer faz com que haja uma identificação com o público, trazendo uma resposta muito boa, muito energética.

Alessandra Paim, Jornalista - O que precisa melhorar para a banda Stone Crow?
Helder Domingues - poderia melhor a gente ter mais tempo livre para poder fazer mais aquilo que a gente gosta e talvez mais lugares para tocar que tivesse dentro desses parâmetros que citei anteriormente. 

©DIVULGAÇÃO

Alessandra Paim, Jornalista - Qual o diferencial da Stone Crow?
Helder Domingues - eu citaria alguns: primeiro a gente tem essa questão de tocar que a gente quer. Segundo a gente montou a banda para se divertir, não tocamos somente por dinheiro. Então, essa diversão acaba sendo um diferencial, essa verdade que se passa, do que a gente faz no palco reflete também nas pessoas que estão aí, que gostam das músicas e que quando você vê alguém tocando uma música que você gosta com verdade também se divertindo fica bom para os dois lados, né? é o melhor dos cenários. E depois tem a questão da preocupação técnica, é algo latente para banda, não é só em termos de execução que é uma coisa que sempre nos cobramos muito, mas de equipamentos que se usa para produzir os sons que a gente precisa e reproduzir para que haja também uma verossimilhança entre que a pessoa está acostumada a ouvir no carro dela quando escuta algumas das nossas músicas que estão em nossos repertórios com o tipo de resultado que ela vai ver em cima do palco. Então, na parte técnica é um cuidado que nós temos com a passagem do som para que possamos executar também felizes com os resultados que está tendo. A experiência no geral, essa preocupação da banda com a experiência com do público, ela é sempre muito latente isso também se torna um diferencial. E por último eu diria experiência, eu toco desde 13 anos de idade a banda toda praticamente começou a ter experiência parecida, começou muito cedo e passou por muitas bandas antes de chegar no Stone Crow. Então, essa experiência é um peso e esse peso se reflete no resultado que a gente consegue ter.

Alessandra Paim, Jornalista - Qual a sua opinião sobre a música, atualmente?
Helder Domingues – olha, eu falo por todos da banda que nossa visão não é das melhores com relação ao cenário geral. Mas se a gente parar e olhar para o rock in roll, ele segue o que sempre foi: música de resistência, então nunca vai ser muito grande, nem é a intenção, mas ele também nunca vai morrer. Sempre tem gente nova, sempre banda nova começando. Nós vimos os shows às vezes pessoas novas que estão começando sua banda que se empolgam, que vem conversar com a gente e é sempre muito legal essa renovação e o rock sempre traz isso. É diferente de uma música que é produzida numa indústria que valoriza o dinheiro, aí você entra na questão de indústria mesmo, das pessoas criarem músicas até com a Inteligência Artificial, (IA) hoje em dia pra vender, para ter alcance e sucesso e o rock vai para a questão da satisfação pessoal, de fazer uma coisa que se gosta, da paixão pela arte. Eu acredito que isso se influencia muito na qualidade no que se produz, você tem tipo de pessoas no rock in roll que fazem músicas, que falam desde coisas com alegria, festa o que você encontra em outros estilos musicais, até críticas sociais, músicas mais introspectivas que falam de experiências pessoais de desafios pessoais, às vezes. Eu acredito que o rock é feito com mais paixão, eu acredito que o jazz, o blues, mpb traz essa questão de ter um propósito maior do que além da venda, de ser um pouco mais arte. Eu acho que isso é muito interessante no sentido de que sempre vão existir essas pessoas, mas que o cenário não valoriza por que a maioria só quer saber de vender e escuta aquilo que toca na rádio que é ditado pelas grandes gravadoras hoje em dia. Obviamente que o cenário das plataformas digitais mudou bastante essa questão de consumo da música, mas o público em si ele realmente na maioria das vezes escuta muitas coisas que não há qualidade musical, a meu ver. No maisntream mudou, antigamente usava muito TV e rádios hoje em dia ainda usam as rádios, mas passou muito por impulsionamento nas redes sociais, Youtube das músicas que querem sucesso e a qualidade delas não é boa, na minha opinião.

Alessandra Paim, Jornalista - Contatos para shows
Helder Domingues - meu contato (67) 99688-0616 ou pelo Instagram da banda @stonecrowcg 

Alessandra Paim, Jornalista - Qual a música mais pedida nos shows?
Helder Domingues – as pessoas pedem muito Metallica pra gente. Tem outros pedidos como Black Sabbath, Pantera, ZZ Top e Black Labol Society.

MENSAGEM

“Eu falei bastante sobre essa questão de realização pessoal, de fazer o que gosta, colocar cuidado e atenção de se fazer o que gosta e rock in roll todo dia na nossa vida, e mais de atitude. As pessoas devem sair mais de casa, ver a banda dos amigos tocar (risos). Acredito que a gente precisa sempre olhar para vida com bastante otimismo e atitude. E o som que a banda toca reflete um pouco isso. Vamos viver a vida com mais rock in roll”.


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