COMPORTAMENTO
Especialistas esclarecem diferenças entre vida sexual ativa e vício em sexo
Comportamento compulsivo e sinais clínicos distinguem hiperatividade sexual de hábitos saudáveis, segundo médicos
22/01/2025
12:00
JOÃO BORZINO
©REPRODUÇÃO
Diferentes celebridades, como Pocah, Madonna e Gracyanne, já confessaram ter sido viciadas em sexo, enquanto outras como Anitta falam abertamente sobre suas aventuras sexuais. Entretanto, é importante diferenciar entre ter uma vida sexual ativa e sofrer de hipersexualidade, um comportamento compulsivo que caracteriza o vício em sexo.
O médico sexologista e terapeuta sexual João Borzino explica que “o vício em sexo, ou hipersexualidade, é caracterizado por uma compulsão irresistível por atos sexuais, que ocorre de maneira descontrolada e persistente. Ao contrário de um desejo sexual saudável e equilibrado, que pode ser explorado de maneira consensual e prazerosa, o vício em sexo pode interferir na vida pessoal, social e profissional do indivíduo.”
Diferenciando comportamento compulsivo de vida sexual ativa
João Borzino esclarece que celebrar ou falar abertamente sobre uma vida sexual intensa não indica, necessariamente, que a pessoa tenha hipersexualidade. Por exemplo, a cantora Anitta já referiu sua relação com o sexo em entrevistas, mas isso não a caracteriza automaticamente como viciada.
Para diferenciar um comportamento sexual frequente do vício, Borzino aponta:
Características e diagnóstico do vício em sexo
Para diagnosticar hipersexualidade, é necessário avaliar se há:
• Comportamento repetitivo e descontrolado, mesmo com danos pessoais e emocionais;
• Perda de interesse em outras áreas da vida, como trabalho e relacionamentos;
• Tentativas fracassadas de controlar impulsos sexuais;
• Comprometimento psicológico, muitas vezes associado à ansiedade e depressão.
Fatores que podem levar ao desenvolvimento do vício
Diversos elementos podem contribuir para a hipersexualidade, destacam especialistas:
• Traumas emocionais ou abuso sexual na infância ou adolescência;
• Desequilíbrios hormonais e disfunções nos sistemas de dopamina e serotonina, neurotransmissores ligados ao prazer;
• Transtornos de personalidade ou ansiedade, como transtorno de personalidade borderline;
• Cultura de hiperexposição sexual, intensificada pela pornografia e redes sociais.
Tratamentos eficazes para a compulsão sexual
João Borzino recomenda abordagens multifacetadas para tratar o vício em sexo, tais como:
Consequências da falta de tratamento
A hipersexualidade não tratada pode levar a sérios danos: destruição de relacionamentos, queda da autoestima, depressão, ansiedade crônica, riscos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e um ciclo de autossabotagem.
Importância do entendimento e empatia
João Borzino finaliza destacando a importância de compreender a diferença entre comportamentos sexuais saudáveis e a compulsão. Ele diz que “a saúde sexual é, sem dúvida, um pilar da saúde mental e emocional de todos nós”. Reconhecer sinais de vício, buscar ajuda profissional e romper estigmas são passos fundamentais para tratar essa condição com seriedade e empatia.
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