POLÍTICA
Caiado minimiza indiciamento de Bolsonaro e reafirma pré-candidatura à Presidência em 2026
Governador de Goiás afirma que "a vida continua" e reforça intenção de disputar o Palácio do Planalto, enquanto mantém apoio ao ex-presidente.
24/11/2024
08:00
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reagiu de forma desdenhosa ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal no inquérito sobre tentativa de golpe de Estado. Durante a abertura da 55ª Convenção da Confederação Israelita do Brasil (Conib), realizada neste sábado (23), em São Paulo, Caiado declarou:
"E daí? A vida continua. Agora tem dois anos que é só essa discussão no Brasil. O governo não tem uma proposta. Eu sou governador do estado. Se eu fosse ficar preocupado com as pequenas coisas, eu não governaria."
Caiado, que tem planos de concorrer à Presidência em 2026, afirmou que lançará oficialmente sua candidatura após o Carnaval, em Salvador, e começará visitas ao interior já em janeiro.
Quando questionado sobre sua relação com Bolsonaro caso ambos disputem a Presidência, Caiado enfatizou que não há problemas entre eles, apesar de o ex-presidente ter apoiado um candidato rival nas eleições municipais de Goiânia. Caiado destacou sua lealdade:
"Todos sabem que eu sempre apoiei mesmo ele lançando um candidato contra mim em Goiânia, mas nós fomos vitoriosos."
O governador aproveitou para criticar o foco excessivo em investigações e ressaltou a necessidade de propostas concretas para o Brasil.
Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, também esteve presente no evento e afirmou não acreditar em tentativa de golpe de Estado, classificando os atos investigados como "baderna". Ele defendeu a Justiça e a Procuradoria-Geral da República (PGR):
"O que eu acredito é que tinham pessoas baderneiras fazendo baderna, e que esses têm que ser punidos."
Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), evitou falar com a imprensa, mantendo-se reservado após suas polêmicas declarações no segundo turno das eleições, quando afirmou que o PCC teria orientado votos em Guilherme Boulos (PSOL).
O jantar da Conib contou com a presença de diversas figuras políticas de destaque, incluindo:
O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, em discurso, ressaltou que o atual presidente da República não foi convidado, mas que "o futuro presidente" estava na sala, em uma alusão ao governador Caiado.
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