Gabriel Nogueira da Silva, 27 anos, autor confesso do assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, morreu na noite de segunda-feira (18), no Hospital da Vida, em Dourados. Ele foi baleado na região do quadril ao tentar fugir da polícia e não resistiu enquanto aguardava para ser submetido a uma cirurgia.

A tentativa de fuga

Após o ataque ao médico em um posto de saúde de Douradina, Gabriel foi capturado pela Polícia Militar e levado à delegacia de Itaporã. Segundo o boletim de ocorrência, ao chegar na delegacia, ele tentou fugir enquanto o compartimento de presos era aberto. Três policiais perseguiram o suspeito, que reagiu e tentou tomar a arma de um investigador. Durante a resistência, Gabriel foi baleado no quadril.

Inicialmente, o ferimento foi considerado não grave, e ele foi encaminhado ao hospital de Itaporã. Posteriormente, devido à gravidade crescente do caso, foi transferido para o Hospital da Vida, em Dourados. Lá, Gabriel chegou consciente e orientado, mas antes mesmo de ser medicado e levado ao centro cirúrgico, passou mal e morreu.

Destino do corpo

O corpo de Gabriel foi levado para o Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) de Dourados, onde será submetido a exame de necropsia. Após a análise, será liberado para sepultamento.

O caso: vingança e tragédia

O crime ocorreu na manhã de segunda-feira, no posto de saúde de Douradina, a cerca de 195 km de Campo Grande. Gabriel esfaqueou o médico Edivandro Gil Braz sete vezes, resultando na morte da vítima horas depois, no Hospital do Coração, em Dourados.

Motivação

De acordo com depoimentos de funcionários do posto de saúde, Gabriel teria cometido o crime em retaliação a um aborto sofrido pela esposa, fato que ele associava ao atendimento realizado pelo médico.

Dinâmica do crime

Edivandro estava em atendimento no posto de saúde quando foi surpreendido pelo agressor, que o atacou com sete golpes de faca. Após o ataque, Gabriel fugiu para uma mata próxima a uma estação de tratamento de água, mas foi localizado por policiais militares do 3º Batalhão da Polícia Militar (3º BPM) e preso.

Investigações

A Polícia Civil e uma equipe da Perícia Científica estiveram no local do crime para realizar os levantamentos necessários. Testemunhas e funcionários do posto de saúde relataram à polícia que o ataque foi premeditado e motivado por vingança pessoal.

Repercussão

O caso gerou grande comoção em Douradina e na região, destacando a violência crescente contra profissionais de saúde. O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul emitiu nota lamentando a perda de Edivandro Gil Braz, que era reconhecido por sua dedicação à profissão e aos pacientes.