ENTREVISTA
Praça Bolívia promove cultura e arte em Campo Grande
Lauro Ferrari, diretor de palco, destaca necessidade de patrocínio para pagamento de cachês a músicos regionais
28/10/2024
11:20
ALESSANDRA PAIM
©DIVULGAÇÃO
O evento Praça Bolívia ocorre há 19 anos em Campo Grande, trazendo uma experiência cultural única com comidas típicas, artes, artesanato, vestuário tradicional, antiguidades e danças típicas, incluindo apresentações bolivianas, andinas e contemporâneas. Além disso, conta com shows musicais dirigidos pelo diretor de palco, Lauro Ferrari, que convida músicos para apresentações na Praça, destacando a diversidade musical de Mato Grosso do Sul. Em entrevista ao Jornal do Estado MS, Lauro expressou seu maior desejo: pagar cachês aos músicos, valorizando seus trabalhos e garantindo apoio/patrocínio para melhorias do evento. A Praça Bolívia acontece todo segundo domingo do mês, sendo a próxima edição marcada para 10 de novembro, na Rua Barão da Torre, esquina com a Rua das Garças, no Bairro Santa Fé.
Alessandra Paim, jornalista – Há quanto tempo ocorrem eventos culturais na Praça Bolívia?
Lauro Ferrari – Os eventos culturais acontecem há 19 anos. Começaram com Miska Thomé e Edgar Mancilla, que promoviam encontros musicais no gramado. Uma boliviana começou a vender saltenha e o movimento cresceu, com músicas e comidas típicas, tornando-se o grande evento cultural que é hoje.
Alessandra Paim, jornalista – Quais projetos acontecem na Praça Bolívia?
Lauro Ferrari – Não há um projeto específico. O evento é cultural, com atrações artísticas e danças. Recentemente, começamos o projeto "Xadrez na Árvore", onde jogamos xadrez atrás do palco, embaixo de uma árvore. Um jovem chamado Caio começou a ensinar xadrez, e tivemos o 1º Campeonato Infantojuvenil de Xadrez na última edição.
Alessandra Paim, jornalista – Como é o processo para participar dos eventos no local?
Lauro Ferrari – Sou eu quem coordena as atrações artísticas, convidando os artistas a se apresentarem. Infelizmente, não temos recursos para pagar cachês; os artistas participam voluntariamente. O apoio que temos é o palco, som e algumas barracas cedidas pelo governo e prefeitura.
Alessandra Paim, jornalista – Quais diversidades culturais podem ser encontradas na Praça?
Lauro Ferrari – A Praça é feita por artesãos, com artesanato, moda, comidas típicas e antiguidades. Na música, temos artistas de MPB, rock, samba, pagode, forró, e outros gêneros, exceto sertanejo, pois ele já é muito presente em outros eventos de Campo Grande e MS.
Alessandra Paim, jornalista – Quantos empreendedores há no local atualmente?
Lauro Ferrari – Atualmente, temos cerca de 240 a 250 expositores, formando a associação dos feirantes da Praça Bolívia.
Alessandra Paim, jornalista – O que mudou desde o início do evento até agora?
Lauro Ferrari – O evento cresceu bastante, com cerca de 3 a 4 mil pessoas a cada edição, e conta com diversos expositores e artistas no palco.
Alessandra Paim, jornalista – Qual foi o evento cultural mais marcante na Praça?
Lauro Ferrari – A criação de um prêmio em homenagem à Praça Bolívia, com um troféu para os bolivianos fundadores, como Edgar Mancilla, falecido há seis anos. Foi emocionante ver os familiares receberem essa homenagem.
Alessandra Paim, jornalista – Quem é o responsável pelos eventos no local?
Lauro Ferrari – A organização é feita pela Associação da Praça Bolívia, que tem uma diretoria. Eu sou o responsável pela direção de palco e curadoria dos artistas.
Alessandra Paim, jornalista – O local é destinado a pequenos e médios empreendedores. Como é a receptividade do público?
Lauro Ferrari – A receptividade é excelente, tornando-se um evento tradicional na cidade.
Alessandra Paim, jornalista – Qual será o próximo evento na Praça Bolívia?
Lauro Ferrari – A próxima edição será no dia 10 de novembro.
Alessandra Paim, jornalista – A Praça Bolívia tem patrocinadores para manter o evento?
Lauro Ferrari – Temos apoio da SECTUR e da Fundação de Cultura, que fornecem palco, som e algumas barracas. Infelizmente, ainda não temos recursos para cachês. Tivemos um breve apoio do SESC, mas ainda precisamos de mais apoio para valorizar os artistas.
Alessandra Paim, jornalista – Como você enxerga a Praça Bolívia daqui a 10 anos?
Lauro Ferrari – Espero que seja um evento ainda maior, com apoio suficiente para pagar cachês dignos aos artistas e promover a cultura local.
“Um abraço a todos, muito obrigado pela entrevista, espaço para falar da praça. Realmente o evento praça Bolívia é um evento cultural tradicional em Campo Grande há 19 anos e merece visibilidade, merece ser divulgado, quero muto agradecer a entrevista e que a praça seja divulgada e prestigiada, principalmente. E que possamos fazer esse evento muitos anos e quem sabe acontecer os nossos sonhos dos nossos artistas serem bem remunerados e o evento crescer mais ainda. Esperamos vocês, todo mundo convidado para a próxima edição da praça Bolívia, será dia 10/11.Coisas lindas você encontra na praça Bolívia. Eu queria agradecer a todos os artistas que participaram desse evento maravilhoso e a todos que ainda não participaram, mas irão participar. O MS tem artistas maravilhosos que prestigiam e participam. O evento acontece por que todo mundo participa. Muito obrigado,” Lauro Ferrari, músico responsável pela direção de palco da praça Bolívia.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Obras na BR-163/MS exigem atenção redobrada dos motoristas; confira trechos com desvios e operações pare-e-siga
Leia Mais
Novembro Azul: vereador Carlão destaca a importância do cuidado com a saúde masculina e do diagnóstico precoce
Leia Mais
Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos, em São Paulo
Leia Mais
Repasse de R$ 1 milhão garante segunda turma de Direito da Uems em Bataguassu
Municípios