TCE-MS
ALEMS aprova envio de ofício ao STJ solicitando impeachment de três conselheiros do TCE-MS
Casa tem até dez dias úteis para encaminhar carta ao Supremo
12/09/2024
08:30
MDX
DA REDAÇÃO
Waldir Neves, Ronaldo Chadid e Iran Coelho das Neves
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) aprovou o envio de um ofício ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitando a instauração de um processo de impeachment contra três conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS). O pedido formaliza a abertura do processo contra os conselheiros Ronaldo Chadid, Waldir Neves e Iran Coelho das Neves, que estão afastados de suas funções desde dezembro de 2022.
Esses conselheiros são investigados nas operações ‘Mineração de Ouro’ e ‘Terceirização de Ouro’, que indicam possíveis crimes de responsabilidade. O ofício, assinado pela Comissão Temporária de Acompanhamento de Inquérito dos Conselheiros Afastados do TCE-MS, foi protocolado pelo deputado Coronel David (PL) e ressalta a insegurança jurídica gerada pela ausência de três dos sete conselheiros, o que resultou em decisões sendo tomadas por auditores fiscais sem competência originária para o cargo.
A carta também destaca as reclamações de prefeituras quanto às decisões emitidas pelos substitutos. Agora, o ofício segue para análise do Ministro Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin, presidente do STJ, para que as devidas providências sejam tomadas. A ALEMS tem até dez dias úteis para enviar o documento ao STJ.
Em resposta, o TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) negou que haja insegurança jurídica em sua Corte e defendeu a competência dos conselheiros substitutos. Em nota, o tribunal afirmou que os substitutos possuem plena capacidade para exercer suas funções com eficácia, segurança e imparcialidade. Confira a nota completa do TCE-MS aqui.
O afastamento dos conselheiros é resultado de investigações da Operação Terceirização de Ouro, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2022, e um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, de 2021. As investigações apontaram irregularidades em licitações, com o uso de pessoas jurídicas para fraudar contratos. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e outras cidades.
A Operação Casa de Ouro, deflagrada em 10 de julho de 2024, em Campo Grande, também faz parte dessas investigações e mirava combater uma organização criminosa especializada em fraudes de licitações e desvio de recursos públicos. A ação cumpriu 7 mandados de busca e apreensão em imóveis de empresários envolvidos. Esta operação é a terceira fase da Operação Mineração de Ouro e visa apurar práticas de corrupção e lavagem de dinheiro, com o envolvimento de conselheiros do TCE-MS.
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