ECONOMIA
Pix por aproximação será lançado em 2025; saiba como vai funcionar e se é seguro
Nova funcionalidade permitirá pagamentos em lojas físicas com celulares e relógios digitais, semelhante ao uso de cartões
09/09/2024
09:10
NAOM
DA REDAÇÃO
©REPRODUÇÃO
A partir de fevereiro de 2025, o Pix por aproximação será implementado no Brasil, permitindo que os usuários façam pagamentos em lojas físicas apenas aproximando seus celulares ou relógios digitais de dispositivos de pagamento, de forma semelhante ao uso de cartões. Todas as instituições financeiras credenciadas ao Banco Central (BC) serão obrigadas a oferecer essa nova funcionalidade.
Para utilizar o Pix por aproximação, será necessário cadastrar uma chave Pix em uma carteira digital habilitada, como o Google Pay ou PicPay, que possibilite a realização de pagamentos pelo celular ou relógio. Dessa forma, o cliente poderá pagar em estabelecimentos físicos por meio dessa tecnologia.
Segundo Fernanda Garibaldi, diretora-executiva da Zetta — entidade fundada pelo Nubank e pelo Google para tratar de pagamentos online —, a implementação dessa nova forma de utilização do Pix abre o mercado para diversos players, o que pode estimular a competitividade e ampliar o acesso à funcionalidade. Garibaldi também destaca a necessidade de regulação que garanta o uso por diferentes instituições sem a imposição de custos excessivos, para que players menores também tenham acesso à tecnologia.
Um ponto que gera discussão é o sistema de pagamento por aproximação da Apple, que permanece fechado. Caso a empresa não abra seu sistema até fevereiro de 2025, poderá enfrentar um processo no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A justificativa da Apple para manter o sistema fechado é a segurança contra fraudes, baseada em um padrão de obscuridade, no qual informações técnicas não são divulgadas para evitar que criminosos explorem a ferramenta.
De acordo com Wagner Martin, da Veritran, os protocolos de segurança definidos pelo Banco Central garantem a integridade do Pix por aproximação. Além da criptografia usada na tecnologia NFC (Near Field Communication), os clientes precisarão confirmar o pagamento com senha, token ou biometria, seja digital ou facial.
Embora a segurança seja reforçada, o pesquisador-chefe da Kaspersky para América Latina, Fabio Assolini, aponta que ainda não há detalhes técnicos suficientes para identificar possíveis vulnerabilidades. Ele ressalta que, como o sistema envolve aproximação física, qualquer tentativa de fraude dependeria da proximidade do fraudador com a vítima. Assolini acrescenta que a segurança também dependerá do design do sistema de pagamento e da proteção contra possíveis malwares.
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