POLÍTICA
Marçal azeda relação com Bolsonaro após politizar ato de 7 de Setembro: "Só eu fui para os braços do povo"
Ex-presidente acusa candidato à Prefeitura de São Paulo de usar manifestação para autopromoção; Silas Malafaia também critica ex-coach
08/09/2024
23:55
NAOM
DA REDAÇÃO
©DIVULGAÇÃO
A breve participação de Pablo Marçal (PRTB) no ato bolsonarista de 7 de Setembro gerou uma série de vídeos para suas redes sociais, um dos principais ativos de sua campanha à Prefeitura de São Paulo. No entanto, o saldo da ação não foi inteiramente positivo, especialmente para sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem Marçal vinha se aproximando nas últimas semanas.
Em nota divulgada mais cedo, Bolsonaro criticou Marçal por, supostamente, "fazer palanque às custas dos outros" durante o evento. O ex-presidente também mencionou que Marçal tentou subir no trio elétrico ao final da manifestação, mas foi impedido por "questões óbvias". Para Bolsonaro, o episódio foi "o único e lamentável incidente" do ato de 7 de Setembro.
Por outro lado, Marçal negou as acusações de ter usado o evento para se promover. "Como fazer palanque se não me deixaram subir no palanque? Eu fui para os braços do povo. Não tive fala nenhuma, só fui o único que foi para os braços do povo", disse o candidato ao Estadão. Ele reforçou sua narrativa em um vídeo publicado em seu Instagram, afirmando que foi barrado e está "sozinho" nessa jornada: "Deus, povo e nada mais".
Além de Bolsonaro, o organizador do ato, o pastor Silas Malafaia, também demonstrou insatisfação com Marçal. Malafaia o acusou de tentar se vitimizar e de querer "lacrar" a qualquer custo, chegando a chamá-lo de "frouxo" por aparecer apenas após o encerramento do evento. Segundo Malafaia, o ex-coach teria medo de enfrentar o ministro Alexandre de Moraes, principal alvo das críticas bolsonaristas na manifestação.
No sábado, Marçal chegou de helicóptero perto da Avenida Paulista, caminhou entre a multidão e distribuiu autógrafos a seus apoiadores. No entanto, ao tentar subir no trio elétrico onde Bolsonaro estava, foi barrado, já que o evento havia terminado. O influenciador estava em viagem a El Salvador e manteve o suspense sobre sua participação no ato até o último momento.
Para aliados próximos de Bolsonaro, Marçal cometeu dois erros durante o evento: chegou tarde, após os discursos contra Alexandre de Moraes, o que reforçou a ideia de que evita confrontar o principal desafeto do ex-presidente, e desrespeitou a orientação de Bolsonaro de não politizar o ato.
Marçal compartilhou mais de dez vídeos sobre sua participação no evento em suas redes sociais. Em um dos vídeos, apoiadores de Bolsonaro afirmam que votarão em Marçal para a Prefeitura de São Paulo, e outro o mostra em meio à multidão, com pessoas vestindo bonés estampados com seu nome. Contudo, um aliado próximo de Bolsonaro afirmou que "ele foi muito mal ontem", chamando Marçal de "dissimulado".
Enquanto isso, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), teve uma participação tranquila no evento. Nunes não enfrentou hostilidade dos bolsonaristas e até posou para uma foto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente. Bolsonaro elogiou a postura de Marina Helena, candidata do Novo, a quem descreveu como "exemplar e respeitosa", no mesmo comunicado em que criticou Marçal.
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