Campo Grande (MS), Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

ENTREVISTA

MUSICAL - Coquetel Blue fala da carreira musical e dos shows no MS 

24/05/2024

13:00

ALESSANDRA PAIM*

A banda Coquetel Blue foi criada em 2019. Teve uma pausa devido a pandemia, retornando com tudo em 2022. No início da banda o foco era tocar apenas blues. Com uma nova roupagem musical, com gêneros dos anos 50/60, Rock “N” Roll, Rocabilly, Blues e Jovem Guarda a Coquetel Blue com alto astral inconfundível dos integrantes vem animando as noites de Campo Grande com shows descontraídos. Pedro Espíndola, um dos integrantes da Coquetel Blue, conta com alegria da receptividade do público com o trabalho da banda e promete que a Coquetel Blue sempre dará o seu melhor para seu público fiel. Segue a entrevista completa, muito obrigada Pedro, desejo sucesso pra Coquetel Blue com muitos shows impecáveis na nossa cidade morena.  

Alessandra Paim - Qual origem do nome Coquetel Blue? 

Pedro Espíndola_ estávamos no ensaio começando a pensar numa marca que tenha a ver com a banda. No começo da banda a gente pensava em trabalhar com repertório voltado mais para o Blues e acabou mudando com o tempo. Então, já tinha essa coisa do Blue, a gente queria colocar o Blue porque tem a questão do gênero, tem a questão dessa tradução não-literal que é a melancolia, da língua inglesa. E a banda gosta de tomar uns bons drinks e a gente acabou juntando nosso prazer de tomar uns drinks com o nosso amor pelo blues que é o gênero-pai de tudo que a gente toca atualmente e assim surgiu o nome Coquetel Blue

Alessandra Paim - Estilo musical 

Pedro Espíndola_ atualmente a banda trabalha em 04 frentes de estilos. 

Depois da pandemia nós fizemos uma reflexão do que pretendíamos tocar nessa volta e decidimos que não íamos ser uma banda focada somente em blues e a gente ia tocar esses gêneros que permeiam blues na década de 50 e 60. Temos esse slogan que é Rock “N” Roll, Rockabilly e blues e a gente trafega nesses 03 gêneros que são os originais do Rock “N” Roll. Tocamos Jovem Guarda, também. 

Alessandra Paim - Integrantes 

Pedro Espíndola _ são 04 integrantes: Pedro Espíndola, voz /guitarra, Boloro bateria /voz, Perim baixo /voz e o Leotta piano/voz. 

Alessandra Paim - Festivais e eventos 

Pedro Espíndola _ a Coquetel Blue trabalha em 03 frentes: 

Temos o mais tradicional aqui em Campo Grande que é fazer bares, casas e shows a gente tem um formato pra isso de 1h a 1h30 de apresentação. Inclusive, que vamos apresentar nesse final de semana na Pizzaria PUB na 14 de julho, a partir das 20h no sábado,25. Além, desse formato para barzinhos, temos formatos para eventos fechados, aniversários, reuniões empresariais, casamentos. E tem o lado cultural, vamos tocar agora dia 1° de junho no Festival de Blues e Jazz de Bonito que é uma coisa mais voltada para festivais. A gente gosta muito de participar das feiras que tem em Campo Grande que são muito tradicionais as feiras da Bolívia, do Carandá que já participamos. Nosso projeto de rua, já fizemos várias apresentações. A gente tem essa pegada no cultural, as coisas que passam também pelas leis de fomento e cultura.  

Alessandra Paim - Qual a música mais pedida nos shows? 

Pedro Espíndola _ vamos falar o que a galera mais curte quando a gente toca. As músicas do rei Elvis Presley, a música “Pretty Woman” do Roy Orbison e as músicas da jovem guarda. 

Alessandra Paim - Momento (s) marcante (s) 

Pedro Espíndola _ temos alguns momentos muito legais nessa curta trajetória. E um que foi muito legal pra gente, nós estávamos numa apresentação de rua, na 14 de julho, de manhã. E tocamos uma música da jovem guarda e quando terminou a música tinha uma senhorinha de aproximadamente 70 anos, muito empolgada e quando a música terminou, ela falou de uma forma bem espontânea e a gente ouviu: Meu Deus, me senti voltando aos meus 14 ,15 anos, lá na década de 60. E a gente pode perceber como você leva uma música de um período que tinha uma ingenuidade na música, toca no coração das pessoas.  

Alessandra Paim - Onde podemos ver o show da Coquetel Blue em Campo Grande? 

Pedro Espíndola _ nesse final de semana dá pra assistir o nosso show em dois lugares: 

 Na sexta-feira vamos tocar no Irlandês Pub, a partir das 22h e sábado na Pizza PUB as 20h na rua 14 de julho, entre a Antônio Maria Coelho e a Maracaju. No Instagram da banda @coquetel.blue podem ver a nossa agenda lá que tem mais datas pela frente. 

Alessandra Paim - Receptividade do público 

Pedro Espíndola _ a receptividade do público está surpreendendo bastante. A gente imaginava que poderia funcionar esse repertório quando a gente deu essa guinada num show mais dançante. Saindo daquela coisa do blues puro que é uma coisa mais contemplativa e a gente fez um show mais bagunçado, a gente imaginou que teria um impacto, mas está sendo mais do que a gente esperava. O pessoal está comentando sobre a banda. É um trabalho que está sendo comentado e estamos trabalhando muito focado. Temos um show já na ponta da língua, 02 horas de show. E estamos levando onde nos chamam, querem contratar a gente por que é um trabalho, a gente trabalha com isso, a gente precisa da remuneração, também. Quando as duas coisas caminham juntas a gente consegue aparecer e dar o nosso melhor. As pessoas estão gostando porque realmente o show está muito divertido, bem balançado e o repertório está sendo trabalhado de um jeito bem particular.  

Alessandra Paim - Um sonho 

Pedro Espíndola _ um sonho para Coquetel Blue seria prosperar e perseverar. A gente conseguir fazer esse trabalho durar alguns anos. As bandas mais legais que já tiveram no Estado, são bandas que duraram, que tocaram bastante tempo juntas, passaram por vários episódios, trajetórias e histórias para contar. Como a banda é muito jovem acho que o sonho seria esse, da gente poder durar mais tempo com esse trabalho, só com o tempo mesmo as coisas mais legais, mais marcantes vão acontecendo e vão aparecendo. Se a banda poder durar 10, 15, 20 anos, quem sabe. 

Alessandra Paim - Projetos Futuros 

Pedro Espíndola _ o futuro é agora. Os projetos para Coquetel Blue é o agora, viver essa experiência que está sendo legal, viver o momento, focar no momento. E fazer o show de hoje à noite o mais legal o que a gente conseguir e o de amanhã também o de sábado também. Esse é o nosso futuro, o agora, tocar, fazer a nossas apresentações, ser bem remunerado por isso, ser visto como trabalhadores e entenderem que o trabalho precisa ser remunerado pra que a roda continue girando. Que os músicos não só da Coquetel Blue como de toda cidade, todo Estado possam ser respeitados, também. Todos remunerados e possam tirar o seu sustento. 

Alessandra Paim - Qual o diferencial da banda Coquetel Blue? 

Pedro Espíndola _ tem dois pontos:  

Na parte musical o diferencial é que a gente trabalha duro para se aproximar o máximo da linguagem musical desses artistas originais. Então, usamos instrumentos antigos, adaptamos a questão dos timbres para ser próximo. a gente tenta tocar dentro da praia, o máximo que a gente consegue. A gente fez um trabalho de pesquisa de curadoria de repertório muito intenso e se debruçou sobre o gênero pra poder sacar como eles fazer as melodias, as frases, as escalas que são usadas e musicalmente esse é o diferencial. A gente tenta pensar. Porque é muito difícil você fazer como era na época até porque estamos falando de músicos geniais que criaram um estilo e estamos apenas replicando. Esse é um diferencial, tentar fazer dessa maneira, o mais aproximado. A gente tenta tocar o mais próximos possível como era na época. Isso são várias coisas que interferem, desde equipamentos, tudo está muito mais moderno e você atingir essa característica não é fácil. E na parte da apresentação, eu acho que o diferencial é que nós somos 04 amigos, temos um astral legal e a gente se diverte fazendo e as pessoas podem se divertir assistindo.  

Alessandra Paim - Cena local 

Pedro Espíndola _   a cena local de Campo Grande é riquíssima pra todos os estilos, pra todos os gêneros. Temos o Duo Vosmecê (Namaria e Fatori) são nossos amigos, maravilhosos. Tem o projeto Folk na Rua do meu amigo, Jimmy Andrews e a Beca Rodrigues que é um projeto que a gente consegue fazer música de rua, um projeto que deu muito trabalho para conseguir o espaço, são dois artistas fantásticos daqui de Campo Grande.  Tem uma banda nova, a Lua e os Cometas que é uma banda legal que faz um lance meio mutantes, meio tropicalista., meio música brasileira. E a galera da antiga que é absurda, Bêbados Habilidosos, Bando do Velho Jack, dentro do Rock “N” Roll mais tradicional, galera do Blues Whisky de Segunda. O que a cena local precisa que a economia seja fortalecida pra que isso impacte na vida dos trabalhadores da música para que todos possam ter o seu trabalho reconhecido não apenas artisticamente com a qualidade, o conteúdo que tem, mas também financeiramente. Por que esse é o trabalho dos músicos e a remuneração é fundamental. Então, seria importante que a cena local que a economia na noite se mantivesse aquecida para que os músicos possam receber de maneira justa e honesta das casas de shows e também através das leis de fomento que elas continuem crescendo, para que a gente tenha mais festivas, editais mais projetos de investimentos a cultura. Para que os músicos possam trabalhar através desse caminho. Porque um povo sem cultura é um povo fragilizado. A gente precisa das leis de fomento pra que o trabalho cultural seja ele em qualquer gênero, continue sendo emancipado dentro da sociedade brasileira. 

Alessandra Paim - Contatos para shows 

Pedro Espíndola _ pode ser direto no Instagram @coquetel.blue e pelo WhatsApp (67) 9934-84220. Tem a página no Facebook Coquetel Blue. 

MENSAGEM 

“Compareçam aos shows, contribuam da forma que puder contribuir quando for de cover, quando for com aplausos, contribuam. O mínimo que você pode fazer para um artista que você gosta é compartilhar, deixar um like, um comentário porque a gente trabalha muito com a Internet e isso ajuda demais. Estejam do lado das pessoas que trabalham com a cultura porque é um dos pilares mais fragilizados da sociedade atualmente em termos de investimento governamental. Todo apoio é bem-vindo e todo reconhecimento é bem-vindo. Isso é o que a sociedade unida em prol da sua própria cultura é o que vai fortalecer o trabalho dos artistas e o que vai fortalecer um braço muito forte da sociedade que tem muita gente envolvida, trabalhando e gerando renda e gerando economia em várias estâncias, seja do menor, seja economia do bairro onde você mora ou seja a nível nacional. A cultura tem um potencial de mover a sociedade, de mover a economia. A gente tem que pesar muito nisso, tem que pensar o Brasil, o Estado e Campo Grande por esse lado. Ter os artistas não só da música, mas teatro, dança, artes plásticas, ter uma maneira de prover o próprio sustento. Essa é uma maneira de você manter a arte e a cultura sempre viva e sempre ajudando a guiar a sociedade,” Pedro Espíndola - Banda Coquetel Blue. 


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Jornal do Estado MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: