Campo Grande (MS), Segunda-feira, 06 de Maio de 2024

ENTREVISTA

Banda Foogha conta sua história musical e da vertente Post Grunge em seu repertório

26/01/2023

14:00

ALESSANDRA PAIM

A banda Foogha está há 19 anos no cenário musical do MS. Houve mudanças no repertório e integrantes durante essa trajetória. No início da carreira a banda focou nas autorais e com passar do tempo começaram a fazer covers de The Doors, Alice in Chains, Pearl Jam criando uma identidade de uma banda que faz tributos às bandas de rock clássico e grunge. Kleber Almeida é o novo vocalista da Foogha e nos concedeu essa mega entrevista junto com o baixista Rony Abreu. Kleber conta com a vinda dele pra banda trouxe essa pegada musical mais acentuada do post grunge pra Foogha. A Página Expressando com Alessandra Paim agradece ao Kleber e Rony pela entrevista e estende o agradecimento para toda a banda Foogha. Segue na íntegra.

Expressando com Alessandra Paim -   Como surgiu a banda Foogha?

Rony Abreu_ tudo começou em 2000 com a Banda West Central (Rony Abreu, Charles Anderson, Ursu Martins, César Tremeschin e Juliano Gordão). Tivemos uma boa atuação na cena de Campo Grande na época e em alguns festivais. Mais pra frente houve uma derivação, Juliano Gordão e Cesar Tremeschin continuaram com a West Central e a outra fatia da banda: Charles Anderson, Ursu Martins, Rony Abreu montam um tributo ao Creedence Clearwater Revival, projeto que proporcionou apresentações pelo Estado do MS e adjacências. Charles Anderson (vocal), demonstrava uma capacidade e talento incrível para compor. Com isso, naturalmente, surgiu a necessidade de um novo projeto para atender a demanda dos autorais. Em 2004 nascia a banda Foogha,

Expressando com Alessandra Paim - Qual a origem do nome da banda?

Rony Abreu_ Antes do nome Foogha, Rony Abreu sugeriu "Big Field" pra rapaziada. Prontamente acataram a ideia. Logo entramos em um projeto da prefeitura que se intitulava "Caravana Popular". Fizemos apresentações em várias praças de Campo Grande, junto de vários artistas renomados como Aurélio Miranda, Tostão e Guarani, Américo e Nando, entre outros. Éramos a única banda de Rock, e a experiência daqueles dias foram incríveis. A Caravana teve notoriedade nos jornais da época e o nome do nosso projeto foi ventilado no meio de tantos outros artistas e daí a surpresa... Reclamaram a marca "Big Field". Uma banda, aqui mesmo da cidade, já fazia uso da marca bem antes da gente, é claro que não sabíamos, porém atendemos o pedido da rapaziada da "outra" Big Field em não mais fazer o uso. Fizemos aquela famosa lista de nomes e fomos pra nova escolha. Dentre as sugestões, Ursu Martins apontou "Fuga". Achamos fácil, interessante, escrita e pronúncia pequena e até cabia dentro da nossa proposta de composições que era "fugir" do regionalismo, na época era cunho de inspiração para tantas outras bandas. Fomos fazer a busca (pesquisa) pra não cair em duplicidade novamente e sim ...lá estava. Uma banda renomada no sul do país ... Banda Fuga. Charles Anderson logo deu a ideia de mudar a escrita "Fuga" para "Foogha", evitando assim qualquer tipo de reclamação ou prejuízo na marca.

Expressando com Alessandra Paim - Qual o estilo musical?

Rony Abreu_ a Foogha surge em 2004. Desde então, passamos por muitas vertentes.

De 2004 a 2008 - Trabalhamos apenas com as autorais e alguns covers pra completar o repertório. Esses covers passeavam entre as bandas britânicas e algumas do nicho grunge.

✓ Com a saída do vocalista Charles Anderson, tivemos um hiato de 3 anos. Retomamos os trabalhos em 2011 já com o Alison Billy no vocal. Billy trouxe um repertório repleto de grunge, buscamos atender apenas a esse estilo em busca de uma identidade e pelas Influências do Billy.

Sai Alisson Billy entra Rafael Granelli nos vocais. Mantivemos o estilo grunge que, até então, já estava consolidado. Granelli trouxe em seu repertório o post grunge. A Foogha começa a passear ali pelas bandas dos anos 2000.

Kléber Almeida assume os vocais. Fortalece o grunge dos anos 90 com muita qualidade e traz um grande protagonismo para o post grunge (Creed, Nickelback... entre outros).

Expressando com Alessandra Paim -   Integrantes

Rony Abreu_ O único remanescente da primeira formação da Foogha é o baixista Rony Abreu. Não dá pra deixar de mencionar os grandes músicos que já passaram pelas cordas e baquetas da Foogha e que contribuíram com grande relevância em nosso projeto. Destaque para Alex Kundera, Erik Artioli, Leonardo Teixeira (Dog), Felipe Lira, Ernani Júnior e Gilmar Amante. Nossa formação atual é:Vocal - Kleber Almeida, Guitarras - Caio Dutra, Bateria - Matheus Mattos, Contrabaixo - Rony Abreu.

Expressando com Alessandra Paim - Influências musicais

Kleber Almeida_ a gente sempre teve como influência mais o grunge. O grunge sempre foi o carro forte da banda desde o início. Nirvana, a principal influência Pear Jam, Alice Chains, Soundgarden. E com a minha entrada na banda começaram a vir mais músicas dos anos 2000. Colocamos Creed no repertório.

Expressando com Alessandra Paim -   Repertório

Rony Abreu_ A Foogha traz em seu repertório bandas dos anos 90 como Pearl Jam, Alice in Chains, Silverchair, Soundgarden, Nirvana, Stone Temple Pilots e anos 2000 como Creed, Nickelback, audioslave.

Expressando com Alessandra Paim - Shows MS e fora

Rony Abreu_ A nova formação da Foogha estreou em fevereiro de 2022 e os shows resumiram-se na capital. Ao longo da existência do projeto já visitamos uma gama de cidades do MS e alguns Estados adjacentes, dentre eles, Paraná e São Paulo.

Expressando com Alessandra Paim -   Momentos marcantes

Rony Abreu_ é um tempinho de estrada... Já passamos por muita coisa. Mas sem dúvida o período da pandemia trouxe muitas incertezas. Ursu Martins mudou-se para o Rio de Janeiro, Ernani Jr para Dourados e Alison Billy encabeçou um novo projeto e teve a saída anunciada da Foogha. As parcerias de longa data haviam tomado novos rumos e confesso que fiquei meio perdido sendo o único remanescente. Restaram apenas eu (baixista), a marca Foogha e a vontade de continuar. Matheus Mattos já havia feito uma grande temporada lá atrás com a gente e vinha substituindo Ernani Jr nas últimas apresentações. Matheus foi um cara que me trouxe lucidez em toda essa transição e não seria demais dizer que me manteve nos trilhos quando tentei apostar alto no futuro do projeto. Fiz o convite para o guitarrista Caio Dutra que aceitou na mesma hora. Pronto, já tinha um time, e que time! meus amigos. Considero Matheus Mattos e Caio Dutra os melhores instrumentistas do MS. Mas a busca por um vocal é muito difícil, cansativa e cheio de incertezas. Me fez pensar em parar o projeto, dar um basta. Fizemos o convite para o Kleber Almeida, Influências totalmente diferente da proposta da Foogha. Kleber é do Metal, achávamos que ele não aceitaria entrar no projeto, não era sua praia e, depois de muitas conversas, ele aceitou o desafio. Não foi um show, nem um palco emblemático o momento mais marcante. Considero o "sim" dessa rapaziada o momento mais crucial da banda, sem sombra de dúvidas.  A Foogha estava saindo literalmente de cena e esses caras chegaram e impulsionaram de forma absurda, uma qualidade incrível e muita parceria e responsabilidade com a marca.

Expressando com Alessandra Paim - Música mais pedida nos shows

Rony Abreu_ Sem dúvida a Black do Pearl Jam. A Foogha sempre tratou essa música com muito carinho, os altos e baixos com muita intensidade e sentimento. E a galera que segue a gente, já percebeu isso, adoram a performance, principalmente do solo do Caio Dutra, executado com muito sentimento. É realmente um momento do show onde o clima é inexplicável.

Expressando com Alessandra Paim -   Projetos em andamento e futuro

Rony Abreu_ estamos com uma parceria com o produtor de imagens e fotógrafo Renato Woeth, estamos em plena produção de videoclipes, clássicos do grunge e também do post grunge, tem coisa boa chegando aí, fiquem ligados no nosso canal e nas nossas redes sociais. Também temos a parceria com os produtores Gilmar Amante (Vértice Estúdio) e Tarsos Moraes (produtor independente). A ideia é voltarmos com os autorais em breve.

Expressando com Alessandra Paim - Qual o diferencial da banda?

Rony Abreu_ o show da Foogha é nostálgico. Principalmente para aquela galera que curtiu muito o som dos anos 2000, podem colar que vocês vão se surpreender.

Expressando com Alessandra Paim - Onde podemos ver a banda Foogha tocar em Campo Grande?

Rony Abreu_ estamos com uma efetividade bacana na cena de CG. Todo final de semana rola uma Gig nas casas e bares de rock. Dentre alguns deles, podemos citar o Blues Bar, Irlandês, Rota Acústica, Clanbier, Barô, Cervejaria Canalhas, Parrock, RockOut Bar e outros tantos espaços novos que vem surgindo com um potencial incrível.

Expressando com Alessandra Paim -   Autorais

Rony Abreu_ a Foogha surgiu da necessidade de um projeto para as músicas autorais. No início do projeto gravamos um EP em parceria com o produtor e músico Guarani do Estúdio One. Fomos destaque no Palco MP3 e fizemos apresentações dos nossos autorais no Som da Concha. Participamos do projeto Difusão Musical intitulado como Memórias Fonográficas do Mato Grosso do Sul com um time de grandes nomes do cenário musical do MS.  Tivemos uma fase bem intensa e efetiva com os autorais no início do projeto, rendeu bons frutos. Com as transições dos vocalistas tivemos uma longa pausa nas composições. Com a chegada do Kleber Almeida acenamos novamente às composições e já pensamos em um single para o primeiro trimestre de 2023.

Expressando com Alessandra Paim - Discografia

Rony Abreu_  EP - Foogha

 - “Às vezes” / Letra: Charles Anderson / Arranjos: Charles Anderson, Ursu Martins, Rony Abreu

- “Fim de noite” / Letra: Charles Anderson / Arranjos: Charles Anderson, Ursu Martins, Rony Abreu

- “Tarde Demais”/ Letra: Charles Anderson / Arranjos: Charles Anderson, Ursu Martins, Rony Abreu

- “Esperar/ Letra: Charles Anderson / Arranjos: Charles Anderson, Ursu Martins, Rony Abreu

Expressando com Alessandra Paim - FÃS

Kleber Almeida_ temos um pessoal que acompanha direto os nossos shows. Pessoal que dá uma força muito legal e somos extremamente gratos a eles. É impressionante, às vezes a gente faz shows na sexta, sábado e domingo nos 03 shows a gente vê a mesma carinha lá curtindo pra caramba. Ficamos extremamente felizes com isso aí, é muito gratificante, a gente saber que levamos alegria pras pessoas. Temos vários casos quando terminamos de tocar, várias pessoas, principalmente, casais chegam na gente e falam que tocamos a trilha sonora do casal. E isso já ocorreu várias vezes, porque a gente sempre tentou trazer coisas muito nostálgicas. É isso, em relação a fãs o principal é a questão de você ver a pessoa em todos os shows e ficamos muitos felizes e gratos e acho que elas não têm noção da importância disso pra gente.

Expressando com Alessandra Paim - O que foi mais difícil no início da banda?

Rony Abreu_ as oportunidades. Sempre é difícil para as bandas que estão iniciando, principalmente em uma cena que já tem as bandas preferidas dos bares e da galera. A Foogha demorou pra conquistar um certo espaço. Tivemos alguns bares que apostaram na gente lá no início como o Fly e o Rota Acústica e temos muita gratidão por isso, foi providencial para a construção do nosso público, assim como o saudoso Jack Music Hall que, na nossa primeira apresentação, já nos deu o título de banda da casa e por lá ficamos por 4 anos consecutivos por todos os sábados.

Expressando com Alessandra Paim - Qual o maior sonho?

Rony Abreu_ viver dignamente de proventos da música. Acho que esse é o sonho de todo músico.

Expressando com Alessandra Paim -   Fale um pouco da vertente Post Grunge com relação a Foogha

Kleber Almeida_ o post grunge a Foogha já fazia um pouco antes da minha entrada na banda. Eles já tocavam Creed, e com a minha entrada veio Nickelback, Hoobastank. Tem uma música também chamada " No One knows" já é mais atual também. É um grunge mais atual, são bandas mais atuais que tem como influencia o grunge dos anos 80/90.

Expressando com Alessandra Paim - Contatos pra shows

Rony Abreu_ para contratar nosso show é só chamar no (67)992735567 e falar com o Rony Abreu. Você também pode nos encontrar nas redes sociais: Instagram: @fooghaoficial.

 MENSAGEM

“Fica o meu agradecimento em nome da banda à Alessandra Paim e também ao Jornal Estado do MS. E gostaria de pedir pra seguirem a nossa página no Instagram Foogha Oficial e o canal no Youtube. Nos sigam nas redes sociais e estejam atualizados da agenda da Foogha e nossos projetos em andamento. Sempre que precisarem estaremos à disposição. Pra gente é um prazer enorme. Obrigado de coração e um abração a todos,” Kleber Almeida vocalista da Banda Foogha.

REFERÊNCIAS DE PESQUISAS

Foogha | Campo Grande MS | Facebook

Instagram @Foogha Oficial

Youtube https://www.youtube.com/@fooghaoficial9523

https://www.youtube.com/watch?v=JcFn-m9SpI0

https://www.youtube.com/watch?v=k1SnTqTXstI

https://www.youtube.com/watch?v=QQraDpospjo

(23) Banda Foogha e Jennifer Magnética no Som da Concha - YouTube

 

 

 

 

 

 


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Jornal do Estado MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: