Um casal apaixonante que apostaram na música para expressar sentimentos do cotidiano das pessoas, com temas que são pesados, complexos que o duo Vozmecê dão uma pegada mais leve e descontraída, com ritmos dançantes, energéticos apostando nos ritmos das regionalidades do nosso Estado e transmitindo a mensagem pra geral. Vozmecê tem 04 anos de carreira e o trabalho do duo deu início no projeto musical Folk na rua. Começaram a cantar na rua 14 de julho em Campo Grande. Esse projeto possibilitou deles tocarem em todas as cidades do Estado. A identidade musical do duo são as autorais com a junção dos ritmos regionais, mesclados também com os do baião e forró além das aurorais, o duo toca covers pelos bares da cidade sempre misturando os sons dando um remelejo diferenciado nos shows. Dia 02 de dezembro Vozmecê lança mais uma nova música nas plataformas digitais a música Femea. É uma composição da Ana Maria Schneider que retrata o feminismo no Brasil. Basta acessar o Spotify do Vozmecê e conhecer mais um novo sucesso musical do duo. No domingo dia 04/12 Vozmecê fará um grande show no Capivas Cervejaria para o lançamento da música FEMEA e também um “até breve” temporário no MS. O duo fará novamente uma viagem por todo o Brasil levando muita música boa. A expectativa de retorno pro Estado está prevista para março/23. A Página Expressando com Alessandra Paim entrevistou a dupla romântica Ana e Pedro para falar tudo sobre o Duo Vozmecê. Eles falaram das autorias, dos shows, festivais, cena local, projetos e muitas outras curiosidades dentro do contexto musical desse lindo projeto. Segue a entrevista na íntegra. 

Expressando com Alessandra Paim - Por que do nome Vozmecê? 

Ana Schneider _ vem do pronome pessoal vosmecê de tratamento. Esse nome é justamente isso, é falar com o outro, é falar com as pessoas, gente como a gente. Pensamos nesse nome porque realmente o nosso intuito e conectar a nossa arte às pessoas. E são elas que fazem isso possível. é uma tentativa de nos relacionar e nos expressar com as pessoas. 

Expressando com Alessandra Paim -   Quais as influências musicais? 

Ana Schneider _ são as regionalidades brasileiras que mesclamos com o rock. Aqui no nosso Estado nós temos muito a música de fronteira: polca, chamamé, guarânia e nós pensando nessa mesclagem, que já foi feita há muitos anos aqui no MS aderimos ao som da polca-rock já cultivado muitas décadas aqui que é uma junção da polca paraguaia  com rock nacional/internacional.Outra coisa que é uma influência na nossa música é o baião, essa música nordestina que a gente cultivou bastante nos nossos shows, como covers, shows em barzinhos onde sobrevivemos da música diretamente e diversas outras regionalidades daqui do País. Temos vontade de fazer músicas de diversos gêneros bem cultivados como o samba e o maracatu. E a música latina tem começado também uma influência muito grande no nosso som, temos escutado mais música dos nossos países vizinhos e isso é mais uma influencia pra acrescentar no nosso repertório. 

 Expressando com Alessandra Paim - Repertório do Vozmecê 

Ana Schneider _ questão de repertório temos 02 vertentes. A vertente das autorais que de fato, são as que a gente compõe, que é realmente o intuito do duo, onde a gente se encontra, onde a gente vê a possibilidade de expressão, das nossas visões de mundo e realmente é o que tem nos motivado estar de fato na música. Pra gente é uma alegria poder desfrutar do nosso repertório autoral, como disse desde o início, a gente já vem dessa trajetória autoral. E o nosso 2° repertório é a música cover onde fazemos diferentes sons, tocamos de tudo do rock nacional/forró/baião. Infelizmente a cultura daqui é fechada pra música autoral ainda não é um entendimento de você ser aceita num bar pela sua música autoral. Então, a gente tem esse 2° repertório que é a musica cover pra atender essa demanda e conseguirmos fazer eventos privados e barzinhos. 

Expressando com Alessandra Paim - Festivais/eventos no MS e fora 

Pedro Fattori _   nesses 04 anos de carreiras tivemos privilégio de passar de alguns editais e participar desses editais. Vou listar os principais: Festival Campão Cultural em 2021, Festival Batalha de Banda e Festival de Inverno de Bonito (2022). Participamos duas vezes do Festival Universitário da Canção. 

Expressando com Alessandra Paim -   FÃS 

Pedro Fattori _    todo artista independente no começo de carreira precisa criar uma base de fã do zero. É um trabalho que se constrói plantando sementinha em sementinha a gente vai construindo essa base de pessoas que admiram nosso trabalho. Hoje podemos perceber que tem algumas pessoas que acompanham nosso trabalho e ficamos muito felizes. E podemos dividir esses fãs em alguns núcleos de pessoas que têm esse interesse do nosso trabalho. Um deles são as pessoas que apreciam nosso trabalho mais voltado às viagens, a nossa coragem de viver, a nossa sede de vida que vai parar no nosso trabalho nômade que nos finais de ano sempre viajamos pelo Estado, tocando nas ruas e a gente consegue uma base de fãs direcionada pra esse trabalho. Tem outras pessoas que viram nossos fãs através do nosso trabalho cover, da noite. E também tem aquelas que é a parte que mais nos deixam felizes, de pessoas que compartilham de nossas ideias, nas nossas músicas autorais. Essas pessoas tratamos com muito carinho. São os fãs que gostam realmente da parte dos nossos pensamentos e conceitos do que a gente busca na nossa identidade. Então, são 03 pilares de fãs que reflete a fragmentação do nosso projeto. 

Expressando com Alessandra Paim -   Shows 

Pedro Fattori _    os shows podemos tratar também de uma maneira fragmentada. Muito dos nossos shows são feitos por um viés mais operário da música. E partir daí que muitas vezes vem a nossa fonte de renda, tocar nos bares, eventos privados e tocamos majoritariamente músicas dançantes, músicas de entretenimento, músicas do gosto popular. Tem o seu valor, mas o que a gente busca passar em nosso trabalho não é apenas o entretenimento e aí entra os shows autorais, buscando fazer os festivais às vezes na rua e os shows que tentamos colocar alguns covers que são mais a nossa cara. Que tem essa parte mais animada mais que também tem letras críticas, letras reflexivas que é a cara do Vozmecê. Essa coisa de animação, é um show mais energético, mais com uma veia mais reflexiva.  

Expressando com Alessandra Paim - Fale um pouco da sonoridade do duo e seus significados 

Ana Schneider _   a gente tem bastante essa coisa de pegar os ritmos regionais, brasileiros e colocar uma pegada de rock e também, incluir outros elementos aplicados de uma maneira prática na nossa música. Nós temos samba polca- rock, baião, axé, já exploramos um pouco do funk e vários outros gêneros. 

Expressando com Alessandra Paim - Vozmecê na cena local 

Pedro Fattori _    eu enxergo o duo Vozmecê como participantes de uma nova cena da música autoral do MS que vem acontecendo em 2018/2019, muita gente já entrou, outras saiu, mas é uma cena que estava se fortalecendo aí. Dentro dela entra Beca Rodrigues, Vozmecê, Jimmy Andrews, Frank, Du Valle. É uma nova cena que bebe em uma regionalidade de uma forma não muito explícita, mas bebe também muito na nova MPB. Uma galera que tem bastante referência nessa nova MPB. Essa cena da MPB no MS acontece infelizmente de uma forma tímida. Essa cena cultural a gente deveria meter o pé na porta, fazer algo mais chocante na sociedade, que envolvesse mais participação, criasse mais público. 

Expressando com Alessandra Paim -   Autorais 

Ana Schneider _   em 2018 lançamos a nossa primeira música “Ampulheta”, uma composição do Fattori que fala sobre a efemeridade da vida. É um assunto bem interessante. Essa música foi também do nosso primeiro clipe. E desde então, temos 1 EP lançado “Desbunde”, lançado em 2020 no período pandêmico. E temos alguns singles lançados, como “Pai ausente”, uma composição minha, lançado no ano passado que é um baião que fala justamente sobre essa relação problemática da paternidade que nós temos em nosso País. Por conta de toda uma cultura do machismo, que muitas vezes o homem acredita que não tem dever sobre os filhos. E os filhos acabam sendo frutos desse trauma que vai acabar presente por toda vida. Temos também um clipe da música “Coisinha” é a nossa primeira música romântica, bem pessoal, entre nós dois. E fizemos um clique que estamos montando o nosso motorhome e temos muito essa vivência da música de rua e rodamos muito pelo Brasil e então durante o clique da nossa musica aparece a gente construindo esses detalhes na Van. 

Expressando com Alessandra Paim - Projetos em andamento 

Ana Schneider _   estamos focando no lançamento da música ‘FEMEA” no dia 02/12 e estará em todas as plataformas digitais. E no dia 04/ 12 no domingo será realizado o show de divulgação dessa música e adicionalmente será uma “despedida’ do Estado. A gente vai ficar por um tempo rodando pelo Brasil. Pra fazer uma prática que desenvolvemos muito de toda essa trajetória de música, do Vozmecê. Não tem como falar do nosso projeto sem falar dessa parte fundamental que é a música de rua. Inclusive, na nossa última viagem pelo Brasil fizemos praticamente todos os Estados do Nordeste, só vivendo de música de rua. Já tínhamos em outra viagem fizemos todos os Estados do Sudeste. E agora após o lançamento da música FEMEA vamos fazer esse tour no Sul. Inclusive, estamos convidando todas as pessoas pra esse show que será muito importante pra gente, além do lançamento da nossa música também será um “até breve” pra galera. Já que voltamos provavelmente lá pra março/23 no Estado. O show será no Capivas Cervejaria, estamos chamando todos a comparecerem. Tem um outro ponto pra falar que é fundamental, é um projeto em andamento que estamos concorrendo ao Festival Universitário da Canção, pela 2° vez e agora com uma composição minha. É uma polca-rock que chama “Movimento Espiral”. Gravamos esse festival no último domingo e será exibido na TV Morena, terá uma votação pra escolha da melhor canção popular e vamos começar um mutirão pra gente tentar vencer esse prêmio pela 2° vez. No ano passado vencemos com a música do Fattori “Tio Sam” e esse ano vamos lutar muto pra tentar vencer com essa minha música “movimento espiral. 

Expressando com Alessandra Paim -   Momentos marcantes 

Pedro Fattori _    pra mim os momentos marcantes foram Batalha de Banda, (2021) foi a primeira vez que tivemos uma banda autoral mesmo, tocando uma coisa com a nossa cara e totalmente com a sonoridade que nós queríamos, que tinha percussão, muita guitarra, uma coisa energética e expressa a nossa raiva, a nossa indignação, mas também, a nossa sátira, a nossa alegria. Essa foi a primeira vez que eu senti o poder que a nossa música pode ter no show com o público interessado. Outro momento marcante, foram as viagens, não tem como fugir isso, conhecemos o Nordeste, principalmente a viagem que fizemos pro Nordeste tocando nas ruas, conhecendo o sertão de PE, conhecendo as capitais, as praias do nordeste. Pra mim esse foi intenso e marcante pro resto da vida.  

Expressando com Alessandra Paim - Qual o maior desejo do Vozmecê? 

Ana Schneider _   sonhamos com muitas coisas, às vezes a gente se sente desesperançoso e cai um pouco as expectativas (risos). Mas depois começamos a acreditar novamente e começa a desejar coisas relevantes e é desse momento que precisamos falar. Apesar que a vida de um artista ser muito complicada, a gente que vive da arte a gente vê que conseguir consolidar uma música autoral é extremamente complicado, mas esse realmente é um sonho. O maior desejo, ao menos pra mim e acredito que meu companheiro também tenha o mesmo desejo, que a nossa música autoral realmente tenha alguma relevância, que nosso trabalho prospere. A gente pode até consegue viver de música, mas é da música cover. Então, a gente tem esse sonho que cultivamos, de fazer da autoral presente pra todas as pessoas que tiverem a sensibilidade de escutar alguma coisa que não seja o mainstream. Que é geralmente mais fácil pra galera, escutar a música que já está altamente industrializada, que todo mundo conhece. Mas a gente sonha de poder fazer parte das rodas de conversa de pessoas com a nossa música regional, a gente tem vontade de prosperar na cidade de Campo Grande, apesar de ser um local que culturalmente não tem esse foco. Mas temos esse desejo de ganhar destaque com as nossas autorais na capital. 

Expressando com Alessandra Paim - Na sua opinião, dentro do cenário musical do MS, temos espaços suficientes pra todos? O que precisa melhorar?  

Pedro Fattori _ há espaços para os artistas fazerem seus trabalhos, porém não há público, não há interesse do público, não há um público engajado com esses artistas, não público consumidor da música local. Esse é o principal fator que desestimula a produção artística. O que poderia melhorar seria partir dos artistas chegar essa coisa chocante, chamativa que impacte o público daqui, reconheça que tem música boa aqui. É isso, falta o artista criar algo impactante que chame as pessoas aos shows, façam as pessoas perceberem que existe a arte sul-mato-grossense. e aí sim tendo um público, há espaço pra todos de uma maneira estimulante. 

Expressando com Alessandra Paim -   Fale um pouco sobre a autoral “Tio SAM” que ganhou na categoria ‘Melhor Canção Popular” da FUC (Festival Universitário da Canção). 

Pedro Fattori _ a Tio Sam fala de uma maneira metaforicamente sobre a influência cultural, política e social do EUA, como a nação de maior influência cultural no Ocidente. Principalmente, sobre os países considerados de primeiro mundo. A letra da música fala de uma metáfora desse Tio Sam que seria de um senhor influente que chega dentro de um bar, roubando a cena, fazendo a galera dançar e ele também causa medo nas pessoas. E, dessa maneira, a música fala dessa hegemonia dos EUA sobre as nações do Ocidente, essa hegemonia cultural e bélica. Fala sobre guerra, sobre armamento dos EUA  

Expressando com Alessandra Paim -   Qual a música mais pedida pelo público? 

Ana Schneider _   geralmente as pessoas pedem a música do Fattori “Tio Sam” e também pedem a música “Coisinha” que é a música romântica que a gente tem e a galera se identifica mais com essa pegada, que é um xote bem legal pro pessoal dançar. 

Expressando com Alessandra Paim -   Vozmecê versus Folk na Rua.  

Ana Schneider _    O Jimmy Andrews que é o fundador do projeto junto com a cantora Beca Rodrigues e nós iniciamos esse movimento aqui na cidade. Aqui era uma coisa hostil você fazer música de rua. Foi a partir dos empenhos do Jimmy, ele foi a SECTUR, conversou com a galera, conseguiu os documentos para que conseguíssemos tocar na rua. E isso foi uma conquista imprescindível pra todos os músicos de rua e foi uma grande conquista que conseguirmos afirmar com o nosso projeto. E por algum tempo fizemos muita música de rua na 14 de julho e agora estamos parados no movimento, mas é um movimento que temos vontade de voltar, é muito importante, fazer música de rua é uma coisa que a gente gosta muito. Esse movimento foi que nos possibilitou tocar em Campo Grande e foi um movimento que até foi um incentivo de fazer isso pelo Brasil inteiro. Iniciamos o folk na rua no dia 14/12/18 e em janeiro de 2019 começamos a fazer música de rua no Rio de Janeiro. 

Expressando com Alessandra Paim - Contatos pra shows 

Ana Schneider _ nos sigam no Instagram @Vozmecê ou (67) 99129-0203. 

Expressando com Alessandra Paim - Lançamento da autoral “FÊMEA”. 

Ana Schneider _   é uma música que considero importante de compor. Tanto pela letra, quanto pelo arranjo. Estou aprendendo a fazer algumas coisas mais experimentais na questão instrumental e estou sempre tentando aprender a tentar compor de uma maneira que me expresse melhor. A questão da letra, ela é fundamental obviamente pra todo mundo entender o motivo pelo qual tudo foi feito. De falar sobre a questão do feminismo, falar sobre as questões dessas funções que são empregadas as mulheres de um amaneira que fossem naturais. Quando na verdade são várias construções naturais que muitas vezes nos colocam em lugares de opressão e desvalorização da nossa potência como pessoa, como personalidade, como pensamentos. Muitas vezes quando uma mulher fala às pessoas dão menos relevância e isso é um fruto, mesmo que inconsciente de um machismo estrutural. E nessa música eu tento desconstruir várias dessas noções que as pessoas consideram como “essências”. Eu não sou uma pessoa metafisica e então eu não acredito nessas coisas da essência e muitas vezes elas querem conceder essas coisas, que nas entrelinhas acabam prejudicando as mulheres em vários setores da vida prática. Como na hora de encontrar uma profissão, na hora de querer que sua voz seja escutada, na hora de se impor pra alguma coisa. Isso tem uma dificuldade e essa música tem essa pegada. E reforçando mais uma vez que ela vai estar lançada no Spotify do Vozmecê e também em todas as plataformas digitais.  

MENSAGEM 

“Nossa mensagem principal é a fluição da vida como se fosse uma obra de arte. É a gente aceitar que nossa existência pode ser num contexto maior insignificante, mas no micro nosso próprio círculo, a gente pode fazer a diferença e aproveitar bastante a experiência da vida e não se calar diante das injustiças desse mundo. Expressar o que a gente sente e passar isso de uma maneira mais artística possível. Transformar a nossa vida numa obra de arte”, Pedro Fattori - Duo Vozmecê. 

REFERÊNCIAS DE PESQUISA 

MÚSICA FEMEA – SPOTIFY https://open.spotify.com/album/6OrOR6dVO045TxpTP5WqIP?si=Mdi-5GCISTm-Ke9xlySs2Q&utm_source=native-share-menu 

https://www.youtube.com/watch?v=RLfjrA1_m6g  

https://www.youtube.com/watch?v=A6z86UPIxjU  

https://www.youtube.com/watch?v=j_hmmYfO7FE  

INSTAGRAM @VOZMECÊ 

FACEBOOK Vozmecê | Facebook 

Duo Vozmecê está gravando primeiro EP | CBN Campo Grande | RCN 67 

Entre mais de 12 mil inscritos, Vozmecê é selecionado em edital nacional | CBN Campo Grande | RCN 67 

Duo Vozmecê migra seu universo de canções para o gênero nordestino em vídeo musical - Correio do Estado    

Aos 24 anos, os músicos Ana Maria e Pedro decidiram percorrer cidades do País em uma van amarela - Correio do Estado    

Em lua de mel a bordo de van, casal viaja pelo Brasil vivendo de música - 21/03/2022 - UOL Nossa 

https://www.youtube.com/@DuoVozmece 

https://www.youtube.com/watch?v=gHLOnsgweWo 

https://www.youtube.com/watch?v=iVG8geWFP24 

https://www.youtube.com/watch?v=3EPGymyhrQQ 

https://www.youtube.com/watch?v=2ksE9HF98Q4 

https://www.youtube.com/watch?v=6nrBcEy2E8w 

https://www.youtube.com/watch?v=sdkKHGQ4QpA 

https://www.youtube.com/watch?v=bVsWjYTrBLM 

https://www.youtube.com/watch?v=DOCWmp3nrTU 

https://www.youtube.com/watch?v=M1djWl9RW5I