POLICIAL
Presa por latrocínio diz que pediu fim de agressão à pecuarista
"Ela pediu para Pedro ‘parar com aquilo, pois a mataria se continuasse’”, informa a defesa de Jéssica
30/07/2022
08:25
CAMPOGRANDENEWS
ALINE DOS SANTOS
Presa pelo latrocínio da pecuarista Andreia Aquino Flores, a funcionária Jéssica Neves Antunes, 24 anos, pede liberdade provisória. O documento foi anexado na madrugada deste sábado (dia 30). Na manhã de hoje, ela e a mãe vão passar por audiência de custódia em Campo Grande.
O advogado Raphael Augusto Cândido de Souza aponta que Jéssica comprou o simulacro de arma, boné e cigarros antes do crime, mas não participou da asfixia que levou à morte de Andréia. Ele destaca que a presa pediu para que Pedro Benhur Ciardulo (apontado como responsável por imobilizar a vítima) parasse. “Ela pediu para Pedro ‘parar com aquilo, pois a mataria se continuasse”, informa a defesa.
O documento antecipa que, diante do juiz da audiência de custódia, Jéssica deverá revelar ter sofrido tortura física e psicológica. “A parte acusada afirma que foi vítima de tortura física e psicológica, praticada no momento em que estava sendo interrogada pelos policiais da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos – DERF - até então desconhecidos -, para que suas palavras viessem a coincidir com o depoimento prestado pela primeira acusada, LUCIMARA ROSA NEVES”.
Titular da Derf, o delegado Francis Flávio Freire afirmou neste sábado, que desconhecia informação de tortura e refuta "qualquer afirmação neste sentido".
Lucimara, 43 anos, é mãe de Jéssica e também foi presa pelo crime. A defesa de Jéssica pede liberdade provisória, com monitoração eletrônica.
De família tradicional de Ponta Porã e dona de vasto patrimônio, Andréia, 38 anos, foi encontrada morta em casa, num condomínio da Chácara Cachoeira, em Campo Grande, no começo da tarde de quinta-feira (dia 28).
Primeiro, mãe e filha, funcionárias da pecuarista, relataram versão fantasiosa de que foram rendidas após compras num atacadista da Rua Marquês de Lavradio, Jardim São Lourenço, e forçadas a entrar no condomínio. Durante o crime, teriam permanecido amarradas e Lucimara ainda foi obrigada a dar fuga para os assaltantes, os levando até o Bairro Tiradentes.
A versão caiu por terra horas depois, quando as câmeras do atacadista mostraram o homem entrando no Jeep, de propriedade de Andréia, enquanto as funcionárias guardavam as compras. O assalto era para forçar a pecuarista a transferir dinheiro, foram citados valores de R$ 20 mil a R$ 80 mil.
Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.
Leia Também
Leia Mais
Governador Eduardo Riedel lamenta morte do Papa Francisco e destaca seu legado de fé e inclusão
Leia Mais
Nelsinho Trad lamenta morte do Papa Francisco e relembra construção da Praça do Papa em Campo Grande
Leia Mais
Camapuã entra no radar para extração de gás natural com estudo sísmico na Bacia do Paraná
Leia Mais
NOTA DE PESAR - Papa Francisco
Municípios